Dakar: Equipe Mitsubishi enfrenta piso traiçoeiro

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A Equipe Mitsubishi Petrobras enfrentou uma especial muito difícil no terceiro dia do Rally Dakar. Devido à forte chuva que atingiu a região, o trajeto foi reduzido para 240 quilômetros, sendo boa parte dele realizado em um leito de rio seco, que guardava muitos desafios.

"O dia foi bastante difícil. Ficamos quase o tempo todo andando em um leito de rio seco, prestando muita atenção para achar o melhor trajeto e não ter problemas com as pedras", conta Youssef Haddad.

Ele e Guiga fizeram uma prova de recuperação após capotar na segunda-feira. "Foi um bom dia. Largamos bem atrás, com muita poeira e carros mais lentos a nossa frente. Conseguimos andar mais rápido conforme nos livrávamos do tráfego", afirma Guiga.

Devido às pedras que estavam no trajeto, muitos competidores enfrentaram problemas com os seus carros. Mesmo fazendo uma prova cautelosa, a dupla teve que fazer uma troca de pneu. "Experimentamos uma nova regulagem de suspensão que não foi boa para o piso de hoje. Cuidamos bastante, mas mesmo assim furamos um pneu e demoramos mais que o normal para trocar, pois ele estava em chamas", comenta.

Guiga e Youssef terminaram a etapa na 16ª colocação, ficando em 17º no acumulado dos três dias. Mas, para Guiga, a prova foi importante para saber se o ASX Racing estava em boas condições após o acidente da segunda etapa.

"A melhor notícia é que o carro não ficou com nenhuma sequela do capote de ontem e que estamos com um ritmo dentro das nossas expectativas. Vamos em frente que ainda falta muito chão", comemora.

O piso também dificultou a vida de Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, que, após uma parada para trocar um pneu furado, terminaram a prova na 21ª posição. "Muita pedra. É assim que podemos definir a especial de hoje. Foi preciso muito cuidado na navegação. Mesmo com essa dificuldade, trabalhamos bem e deu tudo certo. Agora é seguir com essa regularidade e segurança", comenta Gugelmin.

Em uma situação tão extrema, Varela aproveitou para poupar o carro para as próximas etapas. "Hoje foi dia de cuidar do ASX. Ele está se comportando muito bem e é muito valente. Tentei andar sempre com cuidado, evitando pontos cegos. Mesmo com uma troca de pneu, terminamos o dia bem. Agora é se preparar para amanhã", conta o piloto, que está na 12ª posição na classificação geral.

Etapa de Chilecito
Com 657 quilômetros de especial, a quarta etapa, que acontece entre as cidades argentinas de San Juan E Chilecito, é ímpar em vários sentidos. Ela não é apenas a etapa com a especial mais longa de todo o rali, ela é a maior distância que os competidores enfrentam em um prova desde o Rally Dakar 2005. Segundo a organização, os competidores podem esperar desafios de todos os tipos, desde travessia de rios até descidas de cânions.

4ª Etapa - 8 de janeiro
San Juan - Chilecito (ARG)
Deslocamento: 211 km
Especial: 657 km
Total: 868 km

Resultados - 3ª etapa - 07/1*
1) Nani Roma/Michel Périn (ESP)-2h58m52s
2) Krzysztof Holowczyc/Konstantin Zhiltsov (POL) - 2h59min59s
3) Lerroy Poulter/ Robert Howie (ZAF) - 3h2min11s
4) Orlando Terranova/ Paulo Fiuza (ARG) - 3h3min46s
5) Guerlain Chicerit/ Alexandre Winocq (FRA) - 3h5min44s
16) Guilherme Spinelli / Youssef Haddad - 3h14min19s
21) Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin -3h16min6s

Classificação geral - Rally Dakar 2014*
1) Nani Roma /Michel Périn (ESP)-2h20m13s
2) Orlando Terranova/ Paulo Fiuza (ARG) - 9h29min19s
3) Nasser Al-Attiyah/ Lucas Cruz (QUA) - 9h30m13s
4) Carlos Sainz/Timo Gottschalk (ESP) - 9h32m15s
5) Stephane Peterhansel/Jean Paul Cottret (FRA) - 9h44min21s
12) Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin -10h9min8s
17) Guilherme Spinelli / Youssef Haddad - 10h31min35s