Jejum dos grandes, banquete para os pequenos na Indy

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Há grandes times em todas as categorias do automobilismo. Com mais dinheiro, recursos técnicos e pilotos de ponta, eles também amealham os melhores resultados. Mas 2013 reservou uma surpresa para a Fórmula Indy, pelo menos nas três etapas que antecedem a São Paulo Indy 300: as equipes grandes patinaram e foram literalmente atropeladas pelos times menores. Para Penske, Ganassi e Andretti, o consolo foi compensar a falta de vitórias com a regularidade. Na última etapa, em Long Beach, a chamada crise dos grandes se aprofundou, já que nenhum de seus pilotos sequer subiu ao pódio. Isso não acontecia desde 2003.

Apesar da liderança na base da regularidade de Helio Castroneves, da Penske, e das vitórias de Ryan Hunter-Reay e James Hinchcliffe, da Andretti, a temporada ainda não viu nenhuma vitória de pilotos da Penske e Ganassi, duas potências tradicionais da categoria. No último final de semana, durante o GP de Long Beach, os principais times viram o pódio apenas de longe: o trio Takuma Sato (equipe AJ Foyt), Graham Rahal (Rahal Lettermann) e Justin Wilson (Dale Coyne) ocuparam os cobiçados degraus do sucesso.

A última vez que nenhuma equipe grande esteve no pódio aconteceu em 2003, durante o GP de Motegi, no Japão. Naquela ocasião, Scott Sharp venceu pela Kelley Racing, com pódio sendo completado pela equipe Rahal e pela Mo Nunn. A vitória de Takuma Sato foi a primeira da AJ Foyt desde 2002, quando o brasileiro Airton Daré venceu o GP de Kansas, em circuito oval. Em circuito misto, a última vitória do time veio com o próprio AJ Foyt no ano de 1978.

No campeonato, entretanto, a situação é um pouco distinta graças justamente à regularidade. Dentre os dez primeiros colocados da tabela, seis pertencem aos três times. Helio Castroneves lidera com 99 pontos, somados os 43 pontos do segundo lugar conquistado em São Petesburgo, aos 36 do terceiro lugar em Barber e 20 conquistados com a décima posição em Long Beach.

A vice-liderança é do japonês Takuma Sato, que subiu ao posto graças aos 50 pontos conquistados com a vitória do último final de semana, acumulando seis a menos que o brasileiro. Scott Dixon, que sofreu em Long Beach ao largar da última fila e ainda levar um toque do francês Tristan Vautier ainda nas primeiras voltas da corrida, conseguiu terminar em 11º e soma 89 pontos em terceiro.

Os outros vencedores da temporada, o atual campeão Ryan Hunter-Reay aparece em sexto na tabela com 73 pontos; o canadense James Hinchcliffe, que foi o primeiro na abertura do campeonato, aparece na décima posição com 61 pontos. A diferença de pontos, depois de três corridas, entre o primeiro colocado e o 18º, o francês Sebastien Bourdais, é de 51 pontos, que é apenas um ponto a mais do que pode somar um piloto ao vencer uma corrida na Indy.

2013 dá a tônica do equilíbrio que encerrou a temporada passada, quando Ryan Hunter-Reay desbancou o tricampeão da São Paulo Indy 300, Will Power, por apenas três pontos: 468 a 465.