DF terá ajuda da Força Nacional de Segurança

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O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, vai formalizar o pedido para que 133 homens da Força Nacional de Segurança (FNS) atuem nas divisas do DF a partir da primeira quinzena de setembro. Eles serão destacados para monitorar as principais rodovias federais que passam pelo DF e são usadas por criminosos para o tráfico de drogas e como rota de saída de veículos roubados.

O apoio foi oferecido em 2 de agosto, pelo próprio governo federal, durante reunião de trabalho com integrantes dos governos do DF, de Goiás e de Minas Gerais para discutir as ações a serem desenvolvidas pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Entorno. Foram debatidas iniciativas em diversas áreas e a Secretaria de Segurança Pública do DF apresentou os objetivos e resultados alcançados pelo Programa Ação pela Vida, que integra todas as forças de segurança locais. O governo federal manifestou disposição em participar da iniciativa e transformar o Ação pela Vida em modelo para outras regiões do país. Dessa forma, ofereceu apoio da FNS para reforçar o trabalho em andamento no Distrito Federal e que tem reduzido, desde maio, os índices de criminalidade.

“Desde então, temos discutido como seria essa participação e agora recebemos a sinalização de que a Força Nacional pode atuar no DF a partir de setembro”, explica o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar. Ele destaca que a FNS vai fiscalizar 39 pontos considerados estratégicos. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança, rodovias federais como a BR-040 (Brasília-Valparaíso) e a BR-020 (Brasília-Formosa) são as rotas mais usadas por autores de roubos de veículos e de roubos com restrição de liberdade da vítima. Normalmente os destinos desses carros são pontos de desmanche em municípios goianos da Região do Entorno.

“Um em cada três roubos de veículos aqui são cometidos por pessoas de fora do DF. Os criminosos levam e abandonam as vítimas em uma cidade do Entorno. Para coibir esse crime teremos barreiras flutuantes e a Força Nacional de Segurança fazendo um trabalho bastante específico, restrito às estradas que ligam o Distrito Federal a outras cidades”, detalha Sandro Avelar.

A FNS não irá interferir nos trabalhos já realizados pelas polícias Civil e Militar. “Nossas polícias e a tropa federal trabalharão de forma complementar e integrada. O esforço é para acabar com o crime no DF. Se tivermos um único registro de crime e alguém oferecer ajuda para chegarmos a zero, iremos aceitar”, conclui Sandro Avelar, elogiando os resultados já obtidos pelas polícias brasilienses.

O prazo inicial de permanência da Força Nacional de Segurança no Distrito Federal é de três meses, podendo ser prorrogado após avaliação pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. A FNS terá como base um quartel no Gama – o mesmo usado durante a ação da Força Nacional nas cidades do Entorno.