Atletas do LiveWright lutam por medalhas na Rússia

Imprimir

Prontas para lutar por medalhas contra as melhores ginastas do mundo, as brasileiras Mariana Oliveira e Ana Flávia do Espírito Santo Silva estreiam nesta sexta-feira (14) na tradicional competição juvenil de Ginástica Artística Mikhail Voronin Cup, em Moscou, na Rússia. As atletas o Centro de Excelência de Ginástica (CEGIN), de Curitiba, apoiadas pelo Movimento LiveWright, treinaram durante a semana no Dynamo Club of Gymnastics e se adaptaram à temperatura baixa da capital russa e ao fuso horário. As duas representantes do País tem chance de pódio nas finais por equipes, individual geral e por aparelho, principalmente no salto e solo.

O campeonato internacional pode ser apontado como um dos mais fortes do mundo, reunindo 130 atletas de 27 países de todos os continentes, com destaque para quatro campeões olímpicos em Londres/2012: Alyia Mustafina, Viktoria Komova, Ksenia Afanasyeva e Denis Ablyazin. Uma prova dessa importância é que a Federação Internacional de Ginástica incluiu a copa em seu calendário oficial desde 2002. Estrelas da modalidade como a norte-americana Nastia Liukin e a russa Elena Zamolodcikova, ambas campeãs olímpicas, mostraram talento pela primeira vez na Mikhail Voronin Cup.

O grupo brasileiro é comandado pela treinadora Iryna Ilyashenko e supervisionado por Eliane Martins. O campeonato é um teste importante para as atletas brasileiras, que sonham em disputar as próximas duas Olimpíadas. As meninas devem atingir o auge técnico justamente durante a edição de 2016 dos Jogos, que serão disputados no Rio de Janeiro. Porém, o projeto do LiveWright é mais além, para 2020. Por isso, a bagagem internacional é fundamental, como explica Eliane Martins. "As ginastas precisam deste tipo de experiência, competindo com atletas de um nível técnico alto para saber em que patamar se encontram. Além disso, a comparação será com a forte escola russa", analisa.

A equipe de ginástica do CEGIN faz parte de um projeto do LiveWright em parceria com a Federacao Paranaense de Ginástica, que recebe recursos via Lei de Incentivo ao Esporte e é patrocinada por Cielo, Volvo e Raízen, com apoios de Klabin, Credit Suisse, MRS.

A força da Ginástica - As ginastas da nova geração são acompanhadas de perto na capital do Paraná por especialistas de alto nível na modalidade e contam com equipamentos de primeiro mundo. No CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica), em Curitiba, as atletas são supervisionadas pelo ucraniano Oleg Ostapenko, que revelou Daiane dos Santos e colocou a modalidade em um outro patamar no cenário mundial. A ex-ginasta bielorrussa Nellie Kim é a conselheira internacional do projeto de ginástica artística feminina do Movimento LiveWright, em parceria com a Federação Paranaense de Ginástica. Com seis medalhas olímpicas, sendo cinco de ouro, a campeã az avaliações semestrais do trabalho na capital paranaense.

As integrantes do CEGIN têm bolsa auxílio, plano de saúde, auxílio moradia, alimentação, além de poderem contar com médicos, fisioterapeuta, nutricionista, massagista e psicólogo; aulas de educação formal com professores contratados e bolsa para as atletas com idade para cursar faculdade.

Novos talentos - O projeto, que coloca o Paraná como referência na modalidade na América Latina, é formado também por oito Escolas de Talento, distribuídos pelo interior do Estado. O objetivo é selecionar atletas para o CEGIN, onde os treinos visam revelar valores para os Jogos de 2020. As futuras campeãs serão acompanhadas pela equipe multidisciplinar liderada por Vicélia Florenzano, ex-presidente da Confederação Brasileira de Ginástica. A ideia é atender mais de mil crianças de cinco e oito anos de idade.

Em 2011, o LiveWright trouxe de volta ao Brasil o treinador ucraniano Oleg Ostapenko e sua mulher Nadia Ostapenko, que treinou a equipe brasileira entre 2002 e 2008. O especialista montou uma equipe técnica altamente qualificada, preparando as ginastas com potencial para integrar a Seleção Brasileira nas categorias pré-Infantil, infantil, juvenil e adulta.

Sobre o LiveWright - Fundado por um grupo de empresários em 2011 com o objetivo desenvolver o esporte olímpico brasileiro, o LiveWright é um movimento sem fins lucrativos, que deseja preparar campeões a partir dos Jogos de 2016 e deixar para o esporte brasileiro um legado de profissionalismo e gestão competente.

O LiveWright se inspirou no sonho do empresário Roger Wright, que acreditava que se as crianças tivessem heróis nos quais pudessem se inspirar, teriam chances de uma vida melhor, em um país mais justo. Wright era velejador e foi um dos grandes incentivadores do projeto de trazer uma Olimpíada para o Brasil. Em 2008, reuniu um grupo de empresários para ajudar a candidatura Rio 2016. Ao mesmo tempo, passou a sonhar com a formação de atletas para esta oportunidade. Seu plano era, ao mesmo tempo, simples e ambicioso: investir em modalidades criteriosamente selecionadas, a fim de aumentar consideravelmente nossas chances de medalhas, transformando o Brasil em uma potência olímpica.

Por isso, o LiveWright acredita que promover heróis no Brasil é uma maneira de trazer esperança e novas alternativas para o futuro. O movimento é uma Oscip, inteiramente financiado por corporações e pessoas físicas. O seu modelo de trabalho está baseado em fornecer capital e know-how gerencial para os esportes selecionados por uma comissão formada por atletas, ex-atletas e empresários, e oferecer ao patrocinador a garantia de que os recursos investidos estão sendo bem alocados dentro dos valores da iniciativa privada de desempenho, meritocracia e ética.