O 13º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas

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Um dos principais incentivadores do crescimento da modalidade no país atualmente, também um dos mais fortes e técnicos, o santista Celso Filetti está sempre pronto a competir quando se fala em canoa havaiana. O experiente remador será um dos destaques no 13º Desafio Onbongo Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas, neste sábado (12), na Baixada Santista, tentando o seu sexto título por equipes.

“Velho conhecido” na disputa, ela agora competirá na equipe Koa YCP Va’a, que inicialmente seria master, mas com reforços de peso, tentará o título da categoria open masculina. “Iriamos na master, mas teremos o Luiz Guida, o Animal, e o Alan Reynol, que são da Samu e estão entre os melhores do País. Assim, passamos a disputar a open. Sabemos que é difícil, por termos sete masters. Na verdade, cinco masters e dois super masters, porque eu e o Carlão estamos com 51 anos”, afirma.

Assíduo nas remadas, Filetti é grande conhecedor do percurso de 75 km, onde os atletas enfrentarão trechos de mar, com ondas, de rio, incluindo manguezal (Canal de Bertioga) e do Porto de Santos, circundando totalmente a Ilha de Santo Amaro, onde fica Guarujá. E não esconde a expectativa positiva de uma boa performance. “A prova é um desafio. Todos que completam são vitoriosos. Estamos confiantes e almejamos um resultado expressivo, um pódio”, revela.

“Quando aceitamos o Alan e o Animal, reforçamos o grupo e também sabemos que teremos um grande aprendizado, ao remar horas com dois atletas deste nível”, elogia Filetti, sete vezes campeão sul-americano master individual. “Sou apaixonado por canoas. É um esporte que estamos sempre em contato com a natureza, com Deus, com você mesmo”, destaca.

A paixão de Filetti pela modalidade é demonstrada também com seus equipamentos. No início do ano passado, ele adquiriu duas embarcações inéditas em águas brasileiras, uma vinda direto do Havaí, no modelo unlimited (sem limites) e outra do Taiti.

A outrigger havaiana (OC6), nas cores verde e amarela, foi batizada Palakila, que significa Brasil ou brasileiro no dialeto local. Pesa só 70 quilos (menos da metade de uma canoa convencional) e conta com dreno para eliminar a água e finca-pé. A Va’a do Taiti (V6) leva o nome Te Arii Vahine, Rainha em português, nome considerado sagrado naquele país. É feita de madeira, revestida com carbono e tem as características próprias das canoas locais, sendo mais rápida e segura. “São nossas, de todos os remadores. O objetivo é evoluir”, ressalta o canoísta, que conta em sua coleção com mais de 30 canoas e outras dezenas de remos.

Na Volta à Ilha de Santo Amaro, a remada será feita em canoa normal, no mesmo padrão das rivais. “É muito bom competir ao lado de amigos, estimular o crescimento do esporte. Claro que somos competitivos, queremos ganhar, mas o importante é ver o nosso esporte ganhando força, com atletas de várias partes do País reunidos”, complementa o conceituado médico veterinário em Santos, profissão que forma o tripé de sua vida. “Minha família, meu trabalho e meu esporte”, completa.

9h30 – Nesta edição, a prova contará com 21 equipes (até hoje o limite foi de 14), com representantes de Santa Catarina, Bahia e até do Distrito Federal. A concentração e largada será na Praia da Aparecida, em frente à ETEC Escolástica Rosa, próximo ao Canal 6. O início está marcado para 9h30. De lá, os atletas remam em direção às praias de Guarujá. Sempre seis remadores na canoa e outros três no barco de apoio para o revezamento a qualquer momento do desafio, conforme a equipe definir.

Além de gerar emoção, as trocas de atletas com as canoas em movimento são pontos estratégicos de cada time. O primeiro trecho no mar terá cerca de 40 km. Depois, é a vez do trecho final, nas águas calmas do Canal de Bertioga, onde o desafio vem com as chances de baixios ou bancos de areia, valendo muito a experiência dos lemes. A prova tem sua “reta final” no Porto de Santos, para chegar ao ponto de partida.