Seleção brasileira de rugby treina para o Sul-Americano

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Em fase de preparação para o Campeonato Sul-Americano da categoria XV (adulto principal), a seleção brasileira de rugby treinou forte na manhã deste sábado (dia 26), em Santos. Os 30 atletas convocados realizaram testes de força e se exercitaram bastante, coordenados pela comissão técnica. O grupo se prepara para o campeonato Cross Boarder, em março no Paraguai, e o Sul-Americano, em maio, na Argentina.

O objetivo da Confederação da modalidade é ampliar, cada vez, mais o número de participantes e ganhar força para as disputas, com os planos traçados a longo prazo para chegar ao sucesso. “O Brasil está evoluindo muito e temos aspirações de classificar para o Mundial de 2019”, revela o técnico argentino da seleção, Rodrigo “Toto” Carmadon, lembrando que a disputa é realizada de quatro em quatro anos. “Estamos nos preparando com a equipe XV (15 jogadores no campo). No sevens (sete jogadores em campo e categoria olímpica) é mais espetáculo e está crescendo bem”, relata.

Esporte com grande tradição na França e Inglaterra e com muita força na Nova Zelândia, Austrália e África do Sul, o rugby tem hoje no Brasil cerca de 30 mil praticantes. Na seleção, todos são amadores e dividem seu tempo entre trabalho e/ou estudos com os treinos e jogos. Nos finais de semana, os atletas de várias partes do País, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, se reúnem para a preparação.

Uma nova geração vem sendo formada e há os mais experientes ainda em atividade plena. É o caso do capitão da seleção brasileira, Ramiro Mina, 36 anos. Empresário, ele diz conseguir ajustar seus horários para “alimentar” sua paixão esportiva. “Dou minhas escapadas”, brinca o capitão, que pratica rugby desde os 13 anos e fala com propriedade da evolução no número de atletas. “Quando comecei eram 2,5 mil praticantes. A quantidade gera qualidade. O Brasil vai crescer muito”, ressalta.

O veterinário Antonio Goreos, o Tonhão, 25 anos, é outro exemplo dos jogadores com mais vivência. “Nos finais de semana deixo de fazer várias coisas para estar no grupo”, afirma o jogador, que já teve prejudicada sua profissão, por causa do esporte. “Faço cirurgias e qualquer fratura atrapalha meu trabalho”, conta o atleta, praticante do rugby há mais de duas décadas.

Neste mês, na categoria sevens, o Brasil foi o terceiro colocado no Sul-Americano, assegurando vaga aos Jogos Pan-Americanos no México. Já a seleção feminina conquistou o heptacampeonato sul-americano, ao vencer a Argentina (mantendo a invencibilidade no continente) para garantir vaga à etapa de Las Vegas (EUA), do Circuito Mundial de 2012.