Corredora sexagenária é presença certa em Meia Maratona

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Exemplo de vitalidade, amor pela vida, energia, felicidade e superação, a paulistana Lucina Ratinho é uma alegria constante em todas as corridas que participa. Aos 67 anos de idade ela começou a correr somente aos 57 e hoje já se destaca até em ultramaratonas, provas com 100 km ou 24 horas de duração.
Para ela, a vitória é o que menos interessa. Vai mesmo para se divertir, interagir ou como ela mesmo diz, tirar o stress. E no percurso, sua felicidade é compartilhada com os companheiros de corrida. “O que eu penso quando estou correndo? Em nada (risos). Fico completamente zen. Vou nas corridas para brincar com meus amigos, que são muitos”, comenta a atleta sempre sorridente atleta.

“Adoro filmar e fotografar no percurso, apoiar qualquer atleta que não está bem. Paro para fazer massagens quando alguém está com cãibra. Enfim, vou mesmo para acabar com o stress do dia a dia”, afirma Lucina, presença certa na 8ª Meia Maratona A Tribuna Praia Grande, no dia 4 de setembro. “Estou inscrita com o numero 696”, garante.

Destaque nas provas, ela conta que a virada em sua vida teve o mesmo motivo da maioria das pessoas que começam na corrida, perder peso. “Estava um pouco gorda. Não era muito, mas como sou baixinha, fica feio. Comecei caminhando, fazendo amigos e veio a corrida”, diz.

“Fui pegando gosto, participando de uma corridinha aqui, uma ali e já fiz até corridas de 24 horas. Começo e termino bem, porque gosto do que faço”, conta a atleta, recordando a sua estreia. “Me senti poderosa (risos), pois não conseguia trotar nem 100 metros. Ficava toda empelotada, cheia de urticária”, lembra.

Sempre sorridente, a florista mostra empolgação com a Meia Maratona A Tribuna Praia Grande, pelo seu trajeto a beira-mar (na primeira metade dos 21 km). “Gosto muito de participar das corridas de praias. Geralmente é onde sempre tive meus melhores tempos e na Praia Grande gosto muito dos apoios que ficam no percurso para brincar com a gente e nos apoiar. É uma corrida alegre e muito bem organizada”, explica.

Orientada pelo técnico Branca, ela ressalta que nunca se cobra quando a tempo, tampouco quilometragens. “Ele sempre visa o nosso bem-estar, alegria e sempre nos diz que o importante é terminarmos sempre bem e bonitos para as fotos”, afirma. “Costumo fazer as meias para treinos. Adoro mesmo fazer as ultras, de 6, 12, 24 horas”, complementa Lucina.

TRABALHO - Segundo ela, o seu trabalho ajuda nas corridas e vice versa. “Minha rotina é cruel. Sou florista e trabalho em pé quase 12 horas por dia, de domingo a domingo. Só não trabalho aos domingos quando tenho alguma corrida. Não tenho aposentadoria e trabalho para me sustentar e levar uma vida honrada”, relata Lucina enxergando o lado bom em tudo. “Meu trabalho me dá muita resistência para as corridas e as corridas muita resistência para poder continuar trabalhando”, argumenta.

Com a propriedade de quem começou a correr só aos 57 anos e teve sua vida transformada, não só no aspecto físico, Lucina aconselha os ‘acomodados’ de plantão. “Eu acho que todas as pessoas sedentárias deveriam ter alguma atividade física, pois além de fazer um grande bem à saúde, serão pessoas mais alegres, acabarão com o stress, o organismo funciona perfeitamente, farão grandes amigos, além de manter o peso ideal, sem precisar de dietas”, orienta a atleta.

E ela completa: “Tem de fazer exercício. A pessoa fica zen, não dá tempo de pensar em problemas”. Lucina Ratinho com certeza é um exemplo a ser seguido à risca e deixa um recado a todos. “O grande