Brasil continua brilhando no nado sincronizado

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O nado sincronizado do Brasil sem dúvida tem se tornado atração por onde passa. As meninas brasileiras têm sempre aquele "Q A+" durante as competições, esbanjando charme e graça por onde passam.

A última apresentação do nado sincronizado brasileiro foi no dia 19 de março, no Sul-Americano Juvenil de Esportes Aquáticos, em Lima, no Peru, quando o Brasil faturou mais duas medalhas de ouro – Dueto Juvenil e Combo Junior – e uma de prata, no Solo Junior. A equipe brasileira totalizou seis medalhas de ouro e uma de prata em sete provas disputadas, e dominou a competição, conquistando o título do Juvenil, do Junior e o Geral. De quebra teve uma de suas atletas, Nathalia Siqueira Almeida, melhor desempenho juvenil no solo, equipe e figuras com o prêmio El Delfin, de melhor atleta da competição. O Sul-Americano 2011 teve um recorde de atletas e países inscritos: 128 e oito, respectivamente.

No Dueto Junior, uma pequena dupla Fla x Flu harmoniosa, de 1,63m de altura e ao som de música cigana, venceu com autoridade desde o início da disputa, com a prova de figuras (que vale 50% das notas) na última quarta-feira. Luiza Borges, do Fluminense, e Maria Clara Lobo, do Flamengo, demonstraram entrosamento e talento, mesmo com o pouco tempo de treinamento para buscar um entrosamento melhor (dois meses e meio).
 
 - A competição foi muito legal. Treinamos forte e conseguimos. A música foi escolhida por nossas técnicas, mas podemos dar opiniões na coreografia– afirmou Luiza, que completa 15 anos em abril, neta do presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho, e há três anos na modalidade.  Sua companheira, Maria Clara Lobo, tem o DNA do nado sincronizado, pois é neta de Ana Maria Lobo – medalhista de bronze no Pan de 1963, em São Paulo, e árbitra internacional – e filha de Cristiana Lobo, atleta do dueto olímpico brasileiro nos Jogos de Barcelona/1992 e sete vezes campeã sul-americana.
         
- No início, isto me influenciou, mas desde pequena, sempre gostei de ir às competições com minha avó e entrei no esporte por gostar – disse Maria Clara, de apenas 12 anos.
 
A avaliadora da FINA que acompanhou a competição, a espanhola Hortencia Graupera, opinou sobre o desempenho da dupla.
 
- Elas desfrutaram a rotina e foram elegantes desde a apresentação fora d´água até a coreografia na piscina – concluiu.
          
A Rotina Livre Combinada (Combo) brasileira deu um show na homenagem ao seriado Glee, com músicas de sua primeira temporada.
 
No Solo Junior, a vencedora foi a colombiana Estefania Piedrahita, de 16 anos, que já tinha obtido o melhor desempenho na prova de Figuras. Camila Almeida, que contribuiu na vitória do Combo, competiu no Solo com uma coreografia baseada no Musical Nine e terminou na segunda colocação.

Resultados:

Dueto Juvenil = 1) Maria Clara Lobo & Luiza Nunes Borges (reserva: Beatriz Abrantes) – Brasil – 138,407 (Figuras: 66,867 + Rotina Livre: 71,540) /  2) Daniela Dominguez Daza & Alejandra Otero Leyton – Colômbia – 131,063   / 3) Oriana Carrillo & Stephanie Murillo - Venezuela – 129,859   / 4) Sol Lavaud Villalobos & Isidora Letelier Martinez – Chile – 121,292 / 5) Carolina Prado & Candida Ruggiero – Argentina – 121,105 / 6) Camila Acuna & Maria Paula Castillo – Peru – 120,182 / 7) Ariadne de Goeij & Kyra Hoevertsz – Aruba – 118,967 /  Florencia Brause Label & Fabregat Etchegoimberry – Uruguai – 116,276

Solo Junior = 1) Estefania Alvarez Piedrahita – Colômbia – 145,377 /  2) Camila Almeida – Brasil – 141,931 (Figuras: 69,021 + Rotina Livre: 72,910) / 3) Albany Ávila – Venezuela – 139,164 / 4) Kelley Kober Pedemonte – Chile – 136,447 / 5) Ana Victoria Fernandez – Argentina – 133,086

Combo Junior = 1) Brasil (Priscila Yamamoto Japiassú, Maria Eduarda Miccuci, Aline Vieira, Jessica Noutel, Adriana Bitiati, Fernanda Marques, Camila Almeida, Nina Gruska, Carla Dutra e Beatriz Mota Rossello) – 75,610  / 2) Colômbia –  72,140 / 3) Venezuela –  69,950