Wiggolly Dantas sonha com vitória em Pipeline

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Wiggolly Dantas está fora da briga pelo título mundial, mas para ele, a etapa final do World Surf League (WSL), em Pipeline, no Havaí, também é prioridade. Aos 25 anos de idade, um dos estreantes na elite mundial convive com a emblemática onda desde os 12. Tem o respeito dos surfistas havaianos, mesmo os mais “cascas-grossas”, os famosos “Black Trunks”, e é quase considerado um “local”.

“Estou bem focado para o Pipe Masters. Estou colocando todas as minhas energias, treinando bastante para chegar bem. Fiquei esperando o ano todo esse campeonato. Entrei no WCT, mas queria mesmo competir em Pipe. Quero fazer um bom resultado lá. Já fiquei em segundo num QS. Meu sonho é ser campeão do Pipe”, revela Guigui, como também é conhecido.

Ele lembra que já passou “perrengues” até conseguir “domar” a onda. “Aprendi a surfar na marra. Já entrei em Pipeline e fiquei cinco horas sem pegar onda alguma e saí chorando, indignado. E não foi uma vez. Foram várias”, conta o surfista, referindo-se ao crowd (quando o pico está lotado). “Hoje consigo entrar e pegar minhas ondas, meus tubos. Fico feliz. É uma onda que eu me sinto muito à vontade, gosto muito”, complementa.

Ainda em Pipe, se alcançar seu objetivo de vencer a etapa, Wiggolly pode ter um “problema” pelo caminho, ter de enfrentar um dos três brasileiros candidatos ao título mundial, os também paulistas Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina. “É difícil. Ao mesmo tempo que quero o Brasil com mais um título, é uma onda que sou apaixonado. Se fosse outro evento, a gente poderia até ver, mas Pipe sempre sonhei em competir. Que vença o melhor naquela condição de onda”, ressalta.