Rio chega à sua décima final seguida na Superliga

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Sob os aplausos e gritos das seis mil pessoas presentes ao Maracanãzinho neste sábado (12.04), o Rio de Janeiro comemorou muito a vaga na final da Superliga 13/14, a décima decisão seguida. Afinal, a partida foi difícil, decidida no tie-break, diante do Campinas (12/21, 21/15, 21/15, 18/21 e 16/14). Mas no final tudo deu certo para a equipe comandada por Bernardinho, que agora espera a decisão da outra semifinal da competição, disputada entre Sesi e Osasco para saber com quem duelará pelo título. A final está marcada para o dia 27 de abril, em local a ser definido pela Confederação Brasileira de Vôlei.
 
Eleita a melhor em quadra e ícone da equipe, a líbero Fabi quebrou o protocolo e repassou o troféu para a levantadora Fofão, ovacionada por todos no Rio Vôlei e pela torcida. “Essa emoção que sentimos hoje marcará nossas vidas. Eu me lembrarei de hoje para sempre, com certeza. E sei o quanto deve ser difícil para a Fofão ter que pensar em terminar a carreira ou não. Ela merece todas as homenagens possíveis. É uma líder dentro e fora da quadra. Passar por esse momentos, inspirar pessoas, tirar esse monte de gente de casa num sábado pela manhã... Tudo isso ao lado dela, é especial para nós”, afirmou Fabi.
 
Homenageada do dia, Fofão mostrou, depois do jogo, um dos motivos para ser tão querida por companheiras e fãs. Mesmo cercada de homenagens e demonstrações de carinho, fez questão de agradecer à todos que ajudaram na sua recuperação nesta temporada. “Existem muitas pessoas por trás disso tudo que não aparecem. O Fiapo e o Márcio, nossos fisioterapeutas, Marcelo, Cesar, Hilmer, os nossos braços, o Nelson, que cuida de todo nosso material, nossa equipe médica... Esse pessoal que cuidou de mim para que tudo pudesse acontecer hoje. Quando o time viajava, eu ficava tratando e treinando aqui, sempre com todos eles dispostos a me ajudar”, revelou Fofão, que guardou um agradecimento especial para o final.
 
“Eu não poderia sair de quadra hoje sem agradecer muito à Roberta. Se não fosse ela, talvez eu não tivesse voltado a jogar. Ela assumiu o time e me deu a tranquilidade necessária para me cuidar, para fazer um bom tratamento. Ganhei o troféu de melhor do jogo das mãos da Fabi, mas dedico à ela”.
 
Emocionada como todos na equipe, a oposta Sarah Pavan não escondia a felicidade em ter participado de momentos tão importantes e intensos como os deste sábado. Ela, que chegou ao time na última temporada, terá a oportunidade de jogar mais uma final e revelou que nunca duvidou do time. Até nos momentos em que nada parecia dar certo.
 
“Quando eu cheguei no Brasil, não sabia da história do time, não sabia que já tinham jogado oito finais seguidas. Ganhamos o título ano passado e essa havia sido a nona vez seguida que a equipe disputava a decisão. Aqui eu aprendi que temos sempre que acreditar. E eu acreditava. Sempre acreditei que chegaríamos, que jogaríamos melhor. Nossa torcida foi incrível e ajudou muito. Nossas adversárias jogaram muito melhor que na primeira partida, complicaram o jogo, mas deu tudo certo”, analisou Sarah, ressaltando o trabalho realizado pelo Rio Vôlei.
 
“Todo mundo aqui trabalha muito. Em qualquer outro lugar do mundo não se trabalha como aqui. Não existe um dia sequer que não estejamos pensando em vôlei e isso é fantástico. Somos viciados em trabalho e eu gostei muito disso. Teremos duas semanas pela frente de muito treino e quando temos esse tempo, jogamos melhor. Espero uma ótima final, se pudesse ser no Rio, com nossa torcida, seria melhor ainda”, finalizou.