Rio supera Osasco no tie-break e presenteia Fofão

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A partida entre Rio de Janeiro e Osasco da terça-feira (10.03), apesar de não fazer mais diferença para a classificação da primeira fase da Superliga, mostrou o quanto o clássico é sempre emocionante. E como um presente para a levantadora Fofão, que completou 45 anos exatamente no dia do confronto, as jogadoras da equipe carioca suaram muito a camisa e superaram o rival por 3 sets a 2 (25/20, 18/25, 23/25, 25/23 e 15/11).

Com o resultado, o time comandado por Bernardinho chegou ao 23º jogo sem perder na competição, alcançando os 66 pontos.
 
Já classificado em primeiro lugar da fase de classificação da Superliga 14/15, o time carioca seguiu poupando algumas atletas, dando oportunidade de outras aparecerem bem, ainda mais em um confronto com uma equipe forte como o Molico/Nestlé. Natalia não entrou em quadra, por opção de Bernardinho, e Fofão jogou apenas o primeiro e a metade do segundo set. A tarefa de reger a equipe ficou por conta da levantadora Roberta e Regiane substituiu a ponteira. Além disso, a equipe carioca contou com Drussyla, aproveitada na saída, no lugar de Bruna, nas duas últimas parciais.
 
“Essa partida foi muito importante para nossa equipe. Pudemos ter a Roberta jogando quase todo o jogo, um confronto duro, contra adversárias de alto nível. Tivemos a Regis confirmando seu bom momento e a Drussyla adquirindo experiência de um jogo muito brigado. O que estamos buscando é isso, melhorar, evoluir como um grupo. Esperamos jogar melhor sempre”, analisou Bernardinho.
 
Citada pelo treinador, Roberta agradeceu a oportunidade de ter passado tanto tempo em quadra diante de um rival como o Molico/Nestlé. Com a árdua tarefa de substituir Fofão, ela, que entregou flores para a aniversariante antes do jogo começar, mostrou personalidade ao analisar a vitória.
 
“Fiquei muito feliz pela oportunidade que tive hoje. Partidas como essa ainda me faltam. Sei que ainda me falta vivência, mas estou sempre me cobrando para dar o meu melhor para o time. O Bernardo me ajudou muito, me direcionando, até porque tínhamos do outro lado duas centrais como a Adenízia e a Thaisa”, disse Roberta, que não sente o peso de substituir uma das lendas do vôlei brasileiro.
 
“Não posso me acomodar e pensar que, por ser mais nova, não possa jogar no nível da Fofão. Essa pressão de entrar no lugar dela não me incomoda. Sei que não vou entrar jogando igual à ela, pois tenho muito ainda a crescer. É natural as pessoas compararem e quanto mais perto do final da carreira dela vão falar mais ainda disso. Mas lido bem com tudo o que dizem. Procuro ouvir a comissão técnica, que está ali para me ajudar nesse crescimento, e quando chegar minha hora mesmo, vou estar preparada para ajudar o time. Mas com a minha cara, do meu jeito”, explicou.