André Marques foi um dos pilotos que extraíram saldo mais positivo da etapa de abertura da temporada da Fórmula Truck. O paulista de 30 anos obteve na corrida do domingo (4/3) no autódromo gaúcho do Velopark seu melhor resultado na categoria – um terceiro lugar. Foi a quarta vez que Marques figurou no pódio, depois da quinta posição em Campo Grande, em 2010, e dos quartos lugares nas etapas de Buenos Aires, nos dois últimos anos.
O desempenho no Velopark, onde ocupou o 12º lugar no grid de largada, trouxe a Marques a impressão de que as metas para esta sua terceira temporada na Truck podem ser mais audaciosas. “É o ano de buscar resultados competitivos, de estar na disputa pelo campeonato. A minha maior vontade é ganhar a primeira corrida, e estou vendo que isso deixa de ser um sonho e começa a se tornar real. Meu equipamento me permite esse desejo”, avaliou.
A corrida de domingo no Velopark marcou a primeira atuação de Marques pela RM Competições, equipe campeã de 2011. Depois de dois anos competindo com caminhões Scania e Volvo, ele passa a competir com um Volkswagen, mais leve e com motor de nove litros. “O estilo de pilotar é bem diferente, você perde na potência mais ganha em aproximação, em contorno de curvas, pode frear mais lá dentro. E é um caminhão super resistente”, atribuiu o piloto.
Na assimilação do novo estilo de pilotagem, Marques enaltece a presença dos campeões Felipe Giaffone e Renato Martins na equipe, além de Adalberto Jardim, da AJ5, que desenvolve um trabalho conjunto com a RM. “São pilotos com muito gabarito, eles me ensinam muito sobre a guiada do novo caminhão, o timing do equipamento, a fazer a leitura da corrida para exigir do caminhão na hora certa. Estou muito bem servido de professores”, reconheceu.
Terceiro na classificação do Campeonato Brasileiro, Marques passa a viver a expectativa da segunda etapa, marcada para 1º de abril no Rio de Janeiro. “Vou trabalhar para tentar conseguir terminar o trabalho que comecei no ano passado”, avisa, em alusão ao problema mecânico que o fez abandonar a etapa carioca de 2011 quando era terceiro colocado. Roberval Andrade e Danilo Dirani, que eram primeiro e segundo, abandonaram a corrida poucas voltas depois.
“Era para aquela corrida ser minha, tive condições de ganhar, foi uma pena o equipamento não resistir”, recorda, voltando a citar os atributos que identifica em seu Volkswagen. “É um caminhão extremamente confiável, por isso consegui um resultado tão bom no Velopark. Nosso caminhão não é o mais rápido, ainda temos coisas a melhorar nele, mas outras equipes que tinham caminhões mais rápidos não terminaram a corrida. Foi o que fez a diferença”, arrematou.