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Na Truck, Cirino mantém foco no sul-americano

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Wellington Cirino foi o piloto que mais marcou pontos nas últimas duas últimas corridas da Fórmula Truck. Depois de abandonar a etapa do Velopark na última volta, por conta de um problema mecânico, e de ficar fora da disputa por pontos depois de um incidente na largada no Rio de Janeiro, o paranaense da Mercedes-Benz reagiu na temporada com uma vitória de ponta a ponta em Caruaru e o segundo lugar na etapa de Goiânia.

A reação elevou Cirino à vice-liderança do Campeonato Brasileiro, que considera os pontos de todas as 10 corridas do ano. Ele soma 60 pontos, 27 a menos que o líder pernambucano Beto Monteiro, da Scuderia Iveco. Pelo Sul-Americano, que valida quatro dessas etapas – duas das quais já transcorridas –, o paranaense aparece em terceiro lugar, com 38 pontos. Monteiro lidera com 49. O paulista André Marques, da RM Competições, é vice, com 41.

A próxima corrida, dia 8 de julho, vai confrontar os 23 pilotos da Truck em Interlagos. Cirino obteve no autódromo paulista de Interlagos três de suas 22 vitórias na categoria. O ritmo da reação que conseguiu de maio para cá traz ao piloto a perspectiva de disputar os dois títulos desta temporada. A etapa de São Paulo será a terceira e penúltima do Campeonato Sul-Americano, eleito pelo piloto da ABF/Mercedes-Benz como prioridade imediata.

“A gente precisa pensar muito bem nos dois campeonatos, o Brasileiro e o Sul-Americano. É um desafio, as coisas dependem muito do momento, do que acontece durante a corrida, mas o foco é o Sul-Americano”, diz, confiante na chance que tem de descontar as desvantagens de 11 pontos em relação a Monteiro e de três pontos em relação a Marques. “Preciso pontuar bem em São Paulo para ir a Córdoba com chance no Sul-Americano”.

A corrida na pista argentina de Córdoba, marcada para 9 de setembro, será a sétima das 10 que compõem o calendário. Antes, a categoria voltará a Cascavel, no Paraná, para a sexta etapa do Brasileiro no dia 5 de agosto. “Não há muito segredo, vamos a São Paulo com o mesmo pensamento de Caruaru e Goiânia, de pontuar bem. Vamos precisar, além de uma boa estratégia, de um caminhão um pouco mais rápido no treino de classificação”, pondera.

Vencedor em Interlagos em 2002, 2003 e 2008, Cirino antevê uma etapa difícil. “A resistência do caminhão é decisiva, é uma etapa muito desgastante. Sem contar as provas de Endurance, as corridas da Fórmula Truck hoje são as mais longas do Brasil, com uma hora de duração, o que aumenta a importância da resistência do equipamento. O equilíbrio é muito forte, acho que vamos ter uns seis ou sete pilotos fortes na briga por essa vitória”, arrisca.

A evolução do caminhão da equipe tem sido satisfatória, segundo avalia o dono dos títulos brasileiros de 2001, 2003, 2005 e 2008. “O nosso maior problema era relacionado à turbina, e o trabalho da equipe trouxe resultados. Hoje eu tenho um caminhão veloz e constante. O novo caminhão já traz bastante evolução, mas ainda temos algumas coisas para melhorar, como a suspensão dianteira. Mas o caminho é esse”, aponta.