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Fittipaldis podem montar equipe própria na F-Truck

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Disputada no domingo (1/4) no Rio de Janeiro, a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck teve certo ar de despedida para Christian Fittipaldi. Uma despedida que pode ser temporária. Convidado pelos organizadores da categoria para participar das duas primeiras provas de 2012, o piloto paulista admite seu retorno à categoria, uma possibilidade que também é cogitada nos bastidores da Fórmula Truck.

“No que depender de mim, ele volta”, afirma a presidente da categoria, Neusa Navarro. Partiu dela o convite para que Fittipaldi fosse o substituto de Geraldo Piquet em duas corridas. “Foi o primeiro nome que nos ocorreu, já que o Christian havia nos procurado algum tempo atrás para falar de uma ideia, a de montar uma equipe própria com o Wilsinho para competir na Truck”, revelou a dirigente, citando Wilson Fittipaldi Júnior, pai do piloto.

Neusa apontou virtudes do piloto. “O Christian mostrou ser simpático, uma pessoa do bem, de bom caráter. Gostei da presença dele aqui, a equipe também gostou, o evento, de uma forma geral, gostou. Fiquei super feliz com o trabalho que ele fez e vamos esperar que ele volte. No que depender de mim, vou ajudar, sim, a viabilizar a presença dele em mais corridas, quem sabe até com uma equipe própria dele”, depôs a presidente da Truck.

A presença de Fittipaldi em todas as corridas de 2012 seria inviável por conta do compromisso do piloto com a Copa Linea, categoria onde atuou nas duas últimas temporadas. “Eu já tinha dado minha palavra na Copa Linea, a Neusa sabia disso desde a primeira vez que conversamos sobre eu estar nas primeiras corridas da Truck. Eu respeitei o que já havia combinado, como faria se tivesse um compromisso na Truck e um convite da Linea”, expôs.

A experiência com os caminhões foi “extremamente válida”, segundo o próprio piloto. “Eu precisava sentir na pele o que é guiar um Fórmula Truck. É diferente de você imaginar ouvindo o que os pilotos contam. Eu queria saber como era, e achei fantástico. Sou muito grato à Neusa, ao Geraldo Piquet, ao Wellington Cirino, a todas essas pessoas que ajudaram a acelerar o processo para eu guiar de uma forma competitiva em tão pouco tempo”, frisou.

Fittipaldi valeu-se da experiência em várias categorias para avaliar a F-Truck. “Eu gostei, ela é extremamente saudável, tem um ambiente é rico em vários aspectos. Também percebi que, comercialmente, é a categoria mais forte do Brasil. E não é questão de encher a bola, isso é fato. Eu já tinha noção disso, de que o campeonato tem muito potencial, e nessas duas corridas que disputei tive a certeza de que hoje é a mais forte”, destacou.

O retorno ao grid é uma possibilidade que Fittipaldi também considera. “Para este ano eu tenho esse compromisso com a Copa Linea, mas 2013 está totalmente aberto. Ainda não tenho nenhum compromisso para o ano que vem e é claro que eu gostaria muito de estar aqui novamente, de competir na Truck. Temos tempo, até lá, para ver como as coisas vão se encaminhar”, finalizou o paulista de 41 anos, que marcou sete pontos nas duas etapas.

O primeiro contato de Christian Fittipaldi com a Fórmula Truck ocorreu em fevereiro, na pista de Jacarepaguá. Em seu primeiro teste com o caminhão, ele contou com a consultoria do paranaense Leandro Totti, também piloto da Mercedes-Benz. A estreia em corridas ocorreu na primeira etapa, no Velopark, onde largou em quinto, chegou a disputar a liderança e enfrentou problemas na penúltima volta, quando defendia seu lugar no pódio.

A rápida adaptação aos caminhões aumentou a expectativa em torno de sua participação na etapa do Rio de Janeiro. Esteve sempre entre os quatro mais rápidos nos treinos livres – inclusive saindo de um deles como primeiro colocado – e ratificou a boa fase com a conquista da pole-position. Na corrida, um incidente na largada acabou deixando-o sem condições de seguir na caça à primeira vitória. Completou apenas 13 das 34 voltas.