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O piloto Sebastian Vettel, da Red Bull Racing que largou em segundo lugar no grid de largada para o GP da Espanha, venceu a corrida depois de superar vários obstáculos durante a prova; dentre eles, a pressão que o inglês Lewis Hamilton exerceu nas últimas voltas, uma largada espetacular do espanhol Fernando Alonso e a pole conquistada pelo seu companheiro de equipe, o australiano Mark Webber.

Passando por cima de tudo isso, no final não teve pra ninguém e o alemão chegou à sua quarta vitória no ano e continua na liderança do campeonato de pilotos com 118 pontos - 41 à frente do segundo colocado no campeonato e na corrida na Espanha, o inglês Lewis Hamilton, da McLaren que tem 77. O pódio foi fechado com o também britânico Jenson Button, quarto no campeonato com 61 pontos. Mark Webber, da RBR chegou em quarto na Catalunha e está com 67 pontos na temporada.

Quanto aos brasileiros, tudo segue como dantes no Quartel de Abrantes, ou seja, só decepção e o que não falta são reclamações. Na Ferrari, enquanto o espanhol bicampeão mundial de fórmula 1 Fernando Alonso dá show nas pistas, o brasileiro Felipe Massa segue naquele ritmo devagar quase parando, competentemente ajudado pela incompetência da equipe principalmente durante as trocas de pneus. A coisa está tão complicada para Massa, que os problemas surgem de todos os lados. O último, durante o GP da Espanha foi a "quebra" do câmbio ou "problema" na plataforma eletrônica do volante do Ferrari-F1 de Felipe, afora o já comentado pit-stop matador, sem comentar aquilo que o brasileiro mais reclama: "os pneus". É tanta coisa que fica até difícil fazer uma previsão do futuro do piloto na equipe.

De duas uma: ou Alonso é bom demais ou Massa é muito ruim, mas, na verdade o que tem sido colocado em evidência é a personalidade forte, decisiva e objetiva que Alonso sempre demonstra em qualquer equipe que atue. Não importa por onde o espanhol passe, a sua marca registrada é sem dúvida, a objetividade. O espanhol não dá refresco para os mecânicos, engenheiros ou donos de equipes e para ele, o que vale não é 99,9% mas sim, 100%. É um piloto que reage positivamente e luta decisivamente diante de qualquer dificuldade. Para Alonso, o importante não é só reclamar; é EXIGIR solução, mas, acima de tudo, colaborar para que tudo dê certo, ou seja: reclamar e ajudar sem olhar para trás, sem ruminar aquilo que já passou, mesmo que tenha acontecido apenas quinze segundos atrás: o problema é pneu? - O pneu é um veneno, mas, tenho o antídoto! O pit stop está ruim?  - agora já aconteceu... sou bom na pista! - Problemas em casa? - que casa meu?! Não gostei? - ja passou!... e assim por diante, em suma: mau tempo para Alonso, só se for um Catrina.

Por outro lado, temos o brasileiro Felipe Massa que está na escuderia italiana desde 2001 e fechou contrato até 2012 quando então deverá ser substituido pelo alemão Nico Rosberg (hoje Mercedes) - pelo menos é o boato que circula no padock. Massa passou a encontrar muitas barreiras à sua frente depois que bateu desacordado na barreira de pneus no GP da Hungria de 2009, depois que uma peça se desprendeu do carro de Rubens Barrichello e atingiu seu capacete durante a corrida. Daí em diante, depois de ficar fora do resto da temporada, Massa voltou "menos confiante", além de claro, enfrentar a inconsistência dos mecânicos e engenheiros e a incompetência em determinados momentos fora e dentro da pista. A personalidade forte de Alonso também pressiona o brasileiro que a esta altura do campeonato só vê um paredão na frente e este "muro" talvez passe pela auto-estima em baixa ou a auto-confiança abalada (?). Seja lá o que for, a verdade é que oportunidades estão sendo perdidas a cada novo GP e o brasileiro não tem sido capaz de lidar com a situação sozinho e nem poderia, mas, tem um ditado muito importante e que pode servir de reflexão: "Se não pode vencer o inimigo, junte-se a ele". É simples assim e, então, que tal se Felipe "imitar" o comportamento de Alonso? Bem, isso não é uma sugestão, é apenas um comentário que muitos considerariam "CHAVE" para se chegar a algum lugar, afinal, é melhor sair da lama do que se afogar no lamaçal. 

Deixando um pouco a questão Ferrari e passando para o brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, a única coisa que pode-se comentar é a realidade nada animadora para a equipe que fica cada vez mais para trás, independente do conjunto de mudanças que tenham feito. Barrichello tenta correr com um GP2-experimental entre os F1 e exceptuando-se as RBR e as McLarens, a Williams e demais equipes fazem de conta que estão evoluindo. Esta é uma dura realidade que deve ser encarada de frente se o "grupo 2" da categoria rainha do automobilismo mundial quiser tirar o pé da lama. A questão não é mais simplesmente dinheiro - passou a ser a estratégia global.

Resultado final do GP da Espanha 2011:

1º Sebastian Vettel Red Bull 
2º Lewis Hamilton McLaren a 0s6
3º Jenson Button McLaren a 35s6
4º Mark Webber Red Bull a 47s9
5º Fernando Alonso Ferrari a 1 volta
6º Michael Schumacher Mercedes a 1 volta
7º Nico Rosberg Mercedes a 1 volta
8º Nick Heidfeld Renault a 1 volta
9º Sergio Perez Sauber a 1 volta
10º Kamui Kobayashi Sauber a 1 volta
11º Vitaly Petrov Renault a 1 volta
12º Paul di Resta Force India a 1 volta
13º Adrian Sutil Force India a 1 volta
14º Sébastien Buemi Toro Rosso a 1 volta
15º Pastor Maldonado Williams a 1 volta
16º Jaime Alguersuari Toro Rosso a 2 voltas
17º Rubens Barrichello Williams a 2 voltas
18º Jarno Trulli Lotus a 2 voltas
19º Timo Glock Virgin a 3 voltas
20º Jerome D Ambrosio Virgin a 4 voltas
21º Narain Karthikeyan Hispania a 5 voltas
22º Felipe Massa Ferrari Não terminou
23º Heikki Kovalainen Lotus Não terminou
24º Vitantonio Liuzzi Hispania Não terminou

Veja como ficou o grid de largada para o GP da Espanha 2011:
Posição Piloto Equipe Tempo

1º Mark Webber Red Bull 1min20s981
2º Sebastian Vettel Red Bull 1min21s181
3º Lewis Hamilton McLaren 1min21s961
4º Fernando Alonso Ferrari 1min21s964
5º Jenson Button McLaren 1min21s996
6º Vitaly Petrov Renault 1min22s471
7º Nico Rosberg Mercedes 1min22s599
8º Felipe Massa Ferrari 1min22s888
9º Pastor Maldonado Williams 1min22s952
10º Michael Schumacher Mercedes sem tempo no Q3
11º Sébastien Buemi Toro Rosso 1min23s231
12º Sergio Perez Sauber 1min23s367
13º Jaime Alguersuari Toro Rosso 1min23s694
14º Kamui Kobayashi Sauber 1min23s702
15º Heikki Kovalainen Lotus 1min25s403
16º Paul di Resta Force India 1min26s126
17º Adrian Sutil Force India 1min26s571
18º Jarno Trulli Lotus 1min26s521
19º Rubens Barrichello Williams 1min26s910
20º Timo Glock Virgin 1min27s315
21º Vitantonio Liuzzi Hispania 1min27s809
22º Narain Karthikeyan Hispania 1min27s908
23º Jerome D Ambrosio Virgin 1min28s556
24º Nick Heidfeld Renault sem tempo