Uma das corridas inserida unanimemente no grupo das mais chatas da Fórmula 1 nos últimos anos, o GP de Barcelona teve uma dinâmica totalmente diferente em 2011. Pela primeira vez em
uma década, o vencedor – Sebastian Vettel – não largou da pole position – que foi do seu companheiro de equipe, Mark Webber -, mas isto foi somente um detalhe no panorama de trocas de posições e estratégias que aconteceu em Montmeló.
“O papel dos pneus foi fundamental nessa nova dinâmica, que troxe emoção a uma corrida tradicionalmente chata, porque a maior parte das ultrapassagens aconteceu fora da zona de DRS (uso da asa móvel)”, disse Lucas di Grassi. O brasileiro, que está participando do desenvolvimento dos novos pneus como piloto de testes da Pirelli, acredita que o novo formato de corridas, com muitas ultrapassagens e paradas, não mudará muito até o fim de 2011, mas o trabalho de desenvolvimento dos pneus ainda será muito intenso e decisivo. “Estamos no quinto GP da temporada, ainda teremos muito trabalho para entender perfeitamente os pneus e passar um feedback preciso para as equipes, para que elas possam tirar o máximo dos compostos. Também temos que trabalhar no sentido de diminuir a diferença de performance e durabilidade entre os pneus duros e macios.”
Papel da pilotagem
Di Grassi disse ainda que independentemente da adaptação e da boa leitura das equipes sobre os novos pneus, muitas decisões são tomadas dentro do carro. “Sem dúvida o estilo de pilotagem mudou e será decisivo na definição do campeão. O piloto tem que fazer uma leitura constante dos pneus durante cada GP, saber onde ele vai acelerar 95% do que pode, onde vai acelerar 100%, quanto isso vai poupar os compostos e aumentar o stint. É uma equação bastante difícil, que depende muito da sensibilidade de cada piloto”.
Sunday, Nov 24th
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