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A Williams se prepara para o GP de Mônaco

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A jóia da coroa da Fórmula 1 é o traçado pelas ruas tortuosas do Principado de Mônaco, o mais prestigioso no calendário e é motivo de orgulho para qualquer piloto vencer neste impressionante circuito de rua.

A corrida que terá 78 voltas é uma das mais exaustivas mental e fisicamente para para os pilotos. A proximidade das barreiras não deixa margem para erro e não existem retas ao longo do qual eles possam relaxar um pouco. Ultrapassar é quase impossível, o que coloca a importância extra na sessão de qualificação de sábado. Estar bem posicionado no grid é crucial na pista do Principado.

Adicionando-se o glamour do porto de Mónaco, as autoridades e as estrelas da música, artes, cinema e etc, a sexta etapa da temporada 2011, assim como todas as demais realizadas nos anos anteriores, passa a ser a de maior impacto na vida de um piloto.

Sam Michael, diretor técnico da equipe Williams, fala sobre o que a sua equipe espera conseguir de Mônaco: "Enfim voltamos para Mônaco, um circuito que apresenta claros desafios logísticos para o grupo operacional e a equipe de engenheiros. Quaisquer alterações dos carros baseados em informações obtidas no último GP - em Barcelona, precisam ser revertidos rapidamente em dados e por isso, será uma semana movimentada", disse Michael que continuou explicando... "Mônaco é um circuito de rua com baixa aderência, exigindo molas mais suaves do que as convencionais, o que torna importante se observar a altura do carro em relação ao solo. Normalmente melhorar a tração é a chave para uma boa volta."

Rubens Barrichello também comentou a emoção de mais uma vez pilotar no Pirncipado: "Mônaco é uma segunda casa para mim. Gosto muito da pista e do lugar, especialmente do treino classificatório.. Temos de esperar e ver como podemos usar a asa traseira. Embora a FIA esteja consciente do facto de que é notoriamente difícil ultrapassar em Mônaco, o problema é conseguir tornar isso possível sem tornar o evento perigoso. Estou aberto a tudo o que decidirem. Estamos ansiosos para continuar lutando porque queremos marcar alguns pontos o mais rapidamente possível", disse o brasileiro.

Do ponto de vista da Cosworth -fabricante dos motores usados pela Williams, Mônaco é uma das pistas menos exigentes da temporada, em termos de potência do motor, já que somente em metade do traçado aceleração é plena. Segundo os engenheiros,  falta de retas longas e o número de curvas de baixa velocidade significam que o resfriamento se torna uma questão crítica. Os pilotos precisam encontrar um ritmo constante para colocar uma volta rápida e todo o conjunto do carro afeta na resposta do motor, por isso é importante uma boa tração nas curvas lentas e atenção redobrada nas partes rápidas do circuito para não sobrecarregar abruptamente as engrenagens. Há também a pressã adicional porque Mônaco é um circuito de rua, com uma natureza acidentada da pista, o que coloca todos os elementos (piloto-carenagem-motor) sob tensão considerável, o que pode não ser garantia de completar as 78 voltas.

Já para a nova fabricante dos pneus da F1, a Pirelli, Mônaco será uma excelente oportunidade para testar os novos pneus supermacios que são considerados ideais para o circuito. A fabricante diz que extrair o máximo do desempenho e aderência no mais curto espaço de tempo, pode significar a vitória. "Achamos que os pilotos vão gostar muito de usar estes pneus. Mônaco é uma corrida onde a qualificação é muito importante e tudo pode acontecer. Acho que a Williams saberá tirar bom proveito disso", foi o que disse um dos engenheiros da Pirellli.