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Brasil perde para EUA e está fora da Copa Alemã

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A "bobeira técnica" parece não ter contaminado apenas a seleção masculina de futebol. A seleção feminina também tem sérios problemas com o comando. Enquanto a seleção masculina se segura com empates e atuações pífias na Copa América que está sendo disputada na Argentina, a seleção feminina enfrenta o "estrelismo exagerado", mas, não pelas atletas e sim, no comando técnico.

O excesso de confiança e estrelismo ficou evidente numa espécie de nuvem do desconhecimento que afeta em geral a todos aqueles que se acham intocáveis. Sabe quando um jogador faz uma bela jogada no campo e logo na sequência, movido pela empolgação entrega a bola de graça para o adversário? Pois é, é mais ou menos isso que acontece com o técnico da seleção feminina Kleiton Lima.

O problema é flagrante e transparente em certos momentos. A começar pelo preciosismo e até certo desdém fora de campo, como por exemplo: mascando chicletes durante o jogo e um fato muito grave e irritante em qualquer cerimonial de um país sério: deixar o crachá de lado e pior, passado por debaixo do braço. Essa última atitude que não combina com "boas maneiras", é apenas um indício de que a organização é pouca e o respeito, nem se fala. Fazer isso num país como a Alemanha então, é considerado como descaso e isso não é exagero, basta ter uma conversa de alguns minutos com qualquer chefe de cerimônias ou então com um publicitário para se ter uma idéia do malefício que isso provoca para a imagem, sobretudo quando se está sendo filmado e estas imagens percorrem não apenas o campo onde o "infrator" se encontra, mas também quando são transmitidas para todo o mundo. Tal atitude não dá uma impressão de desleixo,... dá uma certeza de desleixo!

Mas isso tudo é apenas uma parte do que está acontecendo com o excesso de preciosismo da comissão técnica da seleção feminina. Fica por detrás de tudo isso ainda, a pergunta: será que a CBF não vê essas coisas acontecendo? Será que não tem ninguém para colocar uma certa ordem nas coisas?

Aliado a estes fatos, vem a parte esportiva em si. Deixar a melhor jogadora do mundo praticamente isolada no ataque é um assassinato à técnica futebolística. Colocar uma jogadora mancando em campo é um tiro no próprio pé e por fim, permitir que uma atleta que fez um gol contra no início do jogo, participe da disputa por penalidades máximas numa Copa do Mundo é no mínimo falta de competência. Enfim, o Brasil não perdeu vaga nas semifinais da Copa do Mundo para os Estados Unidos; perdeu para a falta de competência, disciplina e administração.

Depois dessa "patetada" brasileira com os gringos, agora, a Seleção dos Estados Unidos faz a semifinal na próxima quarta-feira (13/07), em Mönchengladbach, contra a França. Japão e Suécia fazem o outro duelo. Para a Seleção Brasileira, resta a dolorosa realidade de comprar as passagens de volta para o Brasil.

Brasil 2 (3) x (5) 2 Estados Unidos

Brasil:
Andreia; Aline Pellegrino, Daiane e Erika; Fabiana, Formiga (Renata Costa), Ester e Maurine; Rosana (Francielle); Marta e Cristiane
Treinador: Kleiton Lima

Estados Unidos:
Hope Solo; Krieger, Buehler, Rampone e Le Peilbet; O'Reilly (Heath), Boxx, Lloyd e Cheney (Rapinoe); Wambach e Rodríguez (Morgan)
Treinador: Pia Sundhage

Local: Glücksgas Stadion, em Dresden (Alemanha)
Árbitra: Jacqui Melksham (Austrália)
Gols: Brasil: Daiane (contra) a 1min do primeiro tempo; Marta, aos 23min do segundo tempo; Marta, a 1min do primeiro tempo da prorrogação
e Wambach, aos 17min do segundo tempo da prorrogação