Quando Mano Menezes assumiu o comando da Seleção Brasileira, tratou de convocar logo para o primeiro amistoso um menino que já desfilava talento e habilidade pelo país. Pouco mais de dois anos depois de estrear marcando um gol contra os Estados Unidos, Neymar já não é mais chamado de garoto. Ele é o goleador, o craque, o garçom, tudo, menos uma promessa. É realidade.
Contra o Japão, no amistoso disputado na Polônia nesta terça-feira, no seu vigésimo quinto jogo pela Seleção, Neymar mostrou mais uma vez a eficiência que já se tornou a sua marca. Marcou gols, deu assistência e se entregou dentro de campo. "Deu a vida", nas palavras de Kaká no vestiário.
O primeiro gol de Neymar contra o Japão saiu de uma cobrança de pênalti. No alto, com força e sem chances para o goleiro, ele abriu a sua contagem pessoal. Depois, aos dois minutos da segunda etapa, o camisa 11 contou com a sorte. Dominou a cobrança de escanteio com perfeição, mas escorregou no chute. A bola, que saiu fraquinha, desviou no zagueiro e foi parar no fundo das redes. Foi o gol de número 16 do atacante pela Seleção.
Dois gols já estariam de bom tamanho para muitos jogadores, mas não para Neymar. Faltava ser "garçom" um pouco para a atuação ficar completa. Ele teria conseguido duas assistências para gol, não fosse a marcação equivocada do juiz num lance em que Ramires havia marcado. Neymar se esforçou ao máximo para evitar a saída da bola e cruzou na medida para o volante, mas o bandeira entendeu que houve irregularidade no lance e árbitro anulou a jogada.
Não deu na primeira tentativa, então vai na segunda. Bola no meio-campo, zaga japonesa aberta e Kaká passando em velocidade pela esquerda. Aí não tem erro. Neymar tocou em profundidade, o camisa 8 arrancou, passou pelo zagueiro e fechou a goleada.
