Dez, nota dez. O Brasil conquistou o decacampeonato invicto da Copa América (14/13/12/03/99/98/97/96/95/94), vencendo a Argentina por 10 a 1 (gols de Bokinha (2), Rafinha (2), Datinha, Sidney, Mauricinho, Lucão, Souza e Mão, para os brasileiros, Sirico, para os argentinos), na manhã deste domingo, dia 5, diante das 2 mil pessoas que lotaram a na Arena Recife, na capital pernambucana. Atuação de gala que não merecia outra nota senão a máxima, dada pelo comandante brasileiro.
- Nota 10. Fizemos uma Copa América impecável e todos estão de parabéns. Começamos bem o ano, mostrando bom futebol e dando alegria à nossa torcida. Alcançamos o nosso objetivo. Agora é dar sequência no trabalho, que está dando excelentes resultados. Temos muito a evoluir ainda - afirmou Júnior Negão, que conquistou seu quinto título à frente da Seleção Brasileira (bicampeão da Copa América, bicampeão da Copa das Nações e campeão da Copa Riviera Maya), e alcançou a 27ª vitória em 31 jogos como técnico.
Esta foi a vitória de número 57 dos brasileiros em 58 confrontos diante dos argentinos, mas teve um sabor especial: a conquista marcou a afirmação de uma nova geração, que vem revelando nomes como Bokinha, Lucão, Mauricinho e Filipe, entre outros, jovens que ajudaram o Brasil a começar 2014 com o pé direito, no alto do pódio. Na preliminar, o México derrotou El Salvador por 5 a 4 (gols de Marin (3), Rodriguez e Zamogilny, para os mexicanos, Elmer (2), Abraham e Darwin, para os salvadorenhos), e ficou com o terceiro lugar da competição. Na cerimônia de premiação, a organização anunciou os destaques individuais do campeonato: Bokinha/Brasil (Artilheiro / 6 gols), Mão/Brasil (Melhor Goleiro) e Bokinha/Brasil (Melhor Jogador). A seleção do campeonato ficou assim: Mão (Brasil), Elmer (El Salvador), Daniel (Brasil), Sirico (Argentina) e Bokinha (Brasil). Alegria do camisa 15, que completa 23 anos nesta segunda-feira, dia 6.
- Para mim é uma surpresa. Uma surpresa boa. Ganhei três presentes de aniversário antecipados: os dois troféus e a medalha de campeão. Tudo isso eu quero dividir com os meus companheiros, com esse grupo, que me apoia, me ajuda e me dá confiança. A torcida aqui de Pernambuco foi maravilhosa e quero dedicar essa conquista a eles e à minha família - afirmou Bokinha.
Santiago Hilaire, capitão da Argentina, lembrou que o grupo e bastante jovem, e resumiu a derrota em poucas palavras.
- Esta é uma partida diferente. O Brasil é Brasil - afirmou o camisa 2. - O campeonato teve um nível muito bom, é importante para que essa equipe, que tem muitos jogadores novos, que estrearem pela seleção aqui, pudessem mostrar seu futebol e ganhar experiência.
BRASIL 10 x 1 ARGENTINA
Bola pro alto e a Argentina acertou o travessão de Mão logo na saída de bola. Marcação forte, entradas mais duras, rivalidade à flor da pele nos primeiros minutos de jogo. Bruno Xavier quase abriu o placar, num bonito toque por cobertura que beliscou o travessão de Cortez. O Brasil pressionava, tocava a bola em busca de espaços, enquanto os argentinos esperavam pela chance de um contra-ataque. Com apenas sete minutos de partida, Júnior Negão já havia mexido bastante na equipe ao ponto de ter usado os dez jogadores de linha. A Argentina teve boa chance do Levi, na cobrança de falta que Mão mandou para escanteio, aos 9’. Cortez apareceu bem e evitou o gol brasileiro com duas excelentes defesas: primeiro no chute de Xavier, na sequência defendendo a pancada de Daniel. Poucas oportunidades, placar como no começo do jogo e fim do primeiro período.
Bokinha precisou de 14 segundos para marcar o primeiro do Brasil. O atacante recebeu e girou à frente do defensor rival para chutar forte e estufar as redes: 1 a 0. O gol acordou o Brasil, que passou a achar espaços e a chegar com perigo. Mão carimbou o travessão de Cortez e, pouco depois, Bokinha também parou na trave, mas Souza aproveitou o rebote: 2 a 0, aos 1’52". Com o jogo sob controle, o Brasil pressionava e, livre, Mão seguia arriscando. Até que a bola entrou. O camisa 1 chutou forte e Cortez falhou: 3 a 0, aos 3’53". A Argentina não conseguia reagir e a Seleção Brasileira aproveitou para marcar mais três vezes antes do término da etapa: Rafinha (7’59"), Lucão (8’23") e Bokinha (1’32"), levaram o Brasil aos 6 a 0 e às arquibancadas à loucura.
Faltavam 12 minutos e a Argentina ensaiou uma pressão nos primeiros instantes do tempo final. O Brasil só levou perigo à meta de Cortez aos 3’49", com Lucão. Pouco depois, Sidney apareceu sozinho e tocou no cantinho para ampliar: 7 a 0, aos 3’55". Mauricinho fez mais um: 8 a 0, aos 4’01". A torcida pernambucana soltava a voz e já gritava ‘é campeão’, regendo o Brasil em quadra, que tocava a bola diante de um adversário visivelmente cansado e entregue. Rafinha acertou um lindo chute de primeira, de longe, e fez um golaço: 9 a 0, aos 5’01", e dedicou o gol ao filho Arthur, de apenas sete meses. Trocando passes, deixando o tempo passar, o Brasil ainda sofreu um gol no finalzinho. Sirico foi derrubado na área e, de pênalti, marcou o gol de honra: 9 a 1, aos 10’44". Mas a nota do dia era o 10 e, para selar o decacampeonato invicto, o décimo gol, a apenas cinco segundos do fim, foi do camisa 10, Datinha: 10 a 1, placar final.
TABELA DA COPA AMÉRICA
Sexta-feira (Dia 3)
Argentina 4 x 2 México
El Salvador 1 x 6 BRASIL
Sábado (Dia 4)
Argentina 3 x 1 El Salvador
BRASIL 10 x 1 México
Domingo (Dia 5)
México 5 x 4 El Salvador
BRASIL 10 x 1 Argentina