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Os aficcionados por miniaturas de veículos

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A paixão pelos carrinhos não tem idade. Pela primeira vez realizado no Espaço Cultural Tremendão, na Vila Mathias, em Santos, o Encontro do Clube de Colecionadores de Veículos em Miniaturas do Litoral Paulista (CVMLP) reuniu muitos aficionados no sábado, 6 de agosto. Milhares de modelos estavam à mostra. Alguns itens raros, outros transformados. Desde fusquinhas a réplicas de F1, Nascar e mesmo uma coleção só de batmóvel, o automóvel do super herói Batman.

Os colecionadores estavam ali para mostrar, se orgulhar de seus feitos, vender, comprar, trocar, simplesmente apreciar e o mais importante, interagir entre eles, ganhar conhecimento. Entre os participantes, todas as idades, mas a maioria adultos, que se tornam quase crianças quando ficam perto de seus carrinhos. Todos com o objetivo de melhorarem suas coleções.

Um dos maiores entusiastas na região é o micro-empresário Marcello Dinau, 36 anos, um dos fundadores do CVMLP. “Tudo começou em 2007, num encontro com cinco colecionadores de Santos e 30 de São Paulo. As pessoas começaram a aparecer e hoje temos 180 associados querendo expor, trocar, comprar ou simplesmente mostrar sua relíquia, raridade. Pessoas dos oito aos 80 anos”, conta Dinau, orgulhoso com sua coleção de 1.470 automóveis.

Destes, cerca de 200 batmóveis, todos Hot Wheels, com exemplares comprados no exterior, alguns com esforço, garimpados pela internet. “Tem um que é de um jantar beneficente nos Estados Unidos, só 300 pessoas têm. Outro é de um encontro no México. É uma paixão. Sempre gostei do desenho, do seriado, que tinha o Batimobile 66”, conta Dinau, que também coleciona mustangs, dodges, Nascar, Fórmula 1 e Indy.

O analista de sistemas Masao João, 35 anos, coleciona as miniaturas desde 2004 e já tem um acervo de 2.600 modelos. “Prefiro os modificados. Crio carros que acendem faróis, pinturas diferentes. Vendo para ajudar a comprar novas miniaturas”, afirma. “É um hobby que ocupa 70% do meu tempo livre. É divertido e acabamos fazendo muitos amigos”, revela Masao.

Um dos mais novos entre os expositores, Luis Alberto Zaffane, 23 anos, é mestrando em Geofísica e tem gosto por mini cooper, fuscas e Chevy Bel Air. “Não tenho muitos ainda, são cerca de 300, mas está crescendo. Já ouvi falar de 4 mil, 5 mil carrinhos”, relata Luis Alberto, que também atua bastante no fórum da internet para divulgar novidades.

Mas sem duvida, o maior exemplo de amor pelos carrinhos é do professor de história, Clóvis Pimentel, 62 anos. Diferente da maioria, sua coleção vem desde criança e hoje se orgulha de contar com cerca de 4 mil réplicas em casa. “Não é temática. É o que eu gosto. Meu escritório está lotado, agora estou invadindo o quarto da minha filha, que casou”, fala Clóvis.

Ele explica que desde criança fazia cidades com objetivos que encontrava. “Hoje tenho inúmeras casinhas importadas, edifícios públicos, igrejas, prédios, inclusive de Santos, até cemitério. Quando me dá disposição monto minha Cidade e coloco os carrinhos e dou vida ao local. E daí eu brinco literalmente. É uma delícia”, conta rindo.

“Vou a todos os encontros e escolho carros para colocar na minha cidade. É fantástico. Sempre tem alguma novidade e a minha família adora e apóia. Tenho raridades de quando eu tinha 5, 6 anos”, ressalta o professor, indo mais longe em sua “brincadeira” com as miniaturas. “Se for uma data comemorativa, como o 7 de setembro, eu faço uma avenida larga e coloco militarismo para desfile”, complementa Clóvis.