Uma das atrações da segunda etapa do Moto 1000 GP, que acontece neste fim de semana em Brasília, no Autódromo Internacional Nelson Piquet, serão os pilotos locais. Correndo em casa, se mostram ansiosos para encontrar os colegas de outros estados para a troca de experiências. Muitos sonham em conseguir um bom desempenho para viabilizar no futuro a participação em eventos nacionais, especialmente o Moto 1000 GP. Entre os pilotos de Brasília confirmados para a etapa estão Luís Antônio Fittipaldi, Reni Antônio Perez Toscano e Rafael Cristiam Araújo Ribeiro.
Luís Fittipaldi, 31 anos, vai correr pela GP Light, com uma Suzuki GSX-R 1000 e se mostra empolgado com a experiência. “Eu estou muito entusiasmado pela oportunidade de participar de um evento desse nível, com essa estrutura e organização. É nível profissional mesmo e digno de um evento nacional”, comenta o piloto, que fez o curso de pilotagem na Alex Barros Riding School, em São Paulo, no mês passado, quando recebeu o convite de Barros para participar da etapa de Brasília. Alexandre Barros é idealizador e um dos organizadores do Moto 1000 GP, ao lado do heptacampeão brasileiro Gilson Scudeler. “Para quem busca mais experiência, um aprendizado profissional, esse é o lugar certo”, diz Fittipaldi sobre o Moto 1000 GP. O piloto disputa pelo segundo ano o Campeonato Brasiliense, tendo conseguido o vice-campeonato da categoria Light no ano passado. “Eu espero aprender muito nessa etapa ao competir ao lado de pilotos de outros estados e pelo contato com profissionais como Alex Barros e Gilson Scudeler”, vislumbra.
Ainda que seja bem mais experiente nas pistas, outro piloto ansioso pela etapa é o brasiliense Rafael Cristiam Araújo Ribeiro, 28 anos, que disputa o Michelin Power Cup, na Inglaterra. “Estou muito animado em poder correr essa etapa do Moto 1000 GP. Além de ser um evento organizado por profissionais da área, como Alex Barros e Gilson Scudeler, que trabalham para o crescimento do esporte no país, reúne muitos pilotos de categoria”, destaca. Rafael Cristiam afirma que a empolgação já envolve também os amigos e os apaixonados por motovelocidade de Brasília.
Rafael está no Brasil para renovar seu visto de trabalho na Inglaterra, onde compete e mora atualmente, e conta que teria permanecido neste ano no país se soubesse da realização do Moto 1000 GP. “Acredito muito nessa competição. Vai crescer muito e dar um novo rumo para o esporte nacional. Será importante para capacitar pilotos, novas equipes e incentivar novos patrocínios no país”, acredita.
Para a corrida em Brasília, Rafael Cristiam, que corre na Inglaterra com uma Kawazaki ZX 600, vai usar uma Suzuki GSX-R750 Srad. Ele vai disputar na GP 1000, categoria multimarcas que reúne os pilotos mais experientes no Moto 1000 GP. Antes de ir para o exterior, Cristiam foi campeão brasiliense e goiano, sempre na categoria 500cc. Em 2010 passou para a classe 1.000cc, chegando a competir nas 500 Milhas de Interlagos, em São Paulo, e conquistando a vitória numa etapa do Campeonato Brasiliense de Motovelocidade, competindo com uma moto de rua, sem preparação. Em 2011 mudou-se para o Reino Unido em busca de seu sonho de competir internacionalmente. Ele compete na classe 600cc do Michelin Power Cup UK pela equipe SBK City Racing. Para Cristiam, os fatores mais importantes dessa participação no Moto 1000 GP serão o intercâmbio e a divulgação do campeonato fora do país. “Muitos pilotos de fora querem participar de competições no Brasil, mas não sabem por onde começar. Vou poder levar essa experiência para eles”, exemplifica.