O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, espera que as populações mais pobres tenham acesso aos jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) deverá fazer um esforço, junto com o comitê organizador no Brasil, para que a competição seja “democrática" – o que deverá ser discutido também com patrocinadores, com a participação do governo federal. Para ele, há possibilidade de entendimento nesse sentido.
O ministro defende que seja cobrada meia-entrada para estudantes e idosos. "Tudo está sendo compatibilizado", disse. “Não deverá haver problema nesse aspecto", completou. “Não é justo, que as populações indígenas e outras também pobres, na região amazônica, onde parte dos jogos da Copa vai ser realizada, fiquem de fora desses eventos”, destacou ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados, responsável pelo parecer do projeto sobre a Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, promoveu ontem (1º) em São Paulo seminário para discutir os principais pontos polêmicos ligados à questão. O relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP), estima que cerca de 400 mil ingressos do Grupo 4 – com valores mais baixos – devam atender os estudantes, idosos, a população indígena de baixa renda e os deficientes físicos. Metade dos 400 mil ingressos deverá ser destinada a jovens e idosos, e o restante, a outras faixas de públicos, segundo Vicente Cândido.
O deputado prevê que o Brasil ficará, no total, com cerca de um terço dos ingressos da Copa, equivalente a 1 milhão de entradas. O seminário discutiu a oportunidade de fazer campanhas sociais contra drogas, racismo e posse ilegal de armas, durante os eventos esportivos. Vicente Cândido disse que a ideia é oferecer entre 20 mil e 30 mil ingressos, além de bolas e camisetas, em troca de armas em poder da população.