Um navio de cruzeiro que levava mais de 4 mil pessoas naufragou na noite da sexta-feira (13/01) na costa da Itália. Inicialmente, as autoridades locais divulgaram que pelo menos seis pessoas haviam morrido, mas, até a manhã do sábado (14), somente três corpos haviam sido resgatados.
O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando.
Equipes de resgate estão fazendo buscas de cabine em cabine na tentativa de encontrar possíveis sobreviventes. O navio levava cerca de 3.200 passageiros, principalmente, italianos, alemães, franceses e britânicos, além de 53 brasileiros a bordo e cerca de mil funcionários.
Helicópteros foram usados para retirar pelo menos 50 pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada.
O Costa Concordia havia deixado o porto de Civitavecchia, perto de Roma, ontem para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que deveria terminar em Marselha, na França, após passar por portos da Sicília, da Sardenha e da Espanha.
Um comissário do navio, Deodato Ordona, disse que, após o acidente, os passageiros receberam a ordem de deixar a embarcação. Segundo ele, houve dificuldades para lançar os botes salva-vidas ao mar e muitos passageiros pularam e nadaram os cerca de 400 metros de distância até a terra firme.
Os passageiros resgatados estão sendo acomodados em hotéis, escolas e em uma igreja em Giglio, que fica a 25 quilômetros da costa italiana.
A Costa Crocera, empresa proprietária do navio, informou que ainda é cedo para dizer o que causou o acidente. "A inclinação gradual do navio tornou a retirada dos passageiros extremamente difícil", disse um comunicado divulgado pela companhia. "A posição do navio, que está piorando, tornou mais difícil a última parte da retirada."