Esporte & Cia

Sunday, Nov 24th

Last update:09:53:06 AM GMT

You are here:

Exército treina para o Haiti, em Luziânia, Goiás / Brasil

E-mail Imprimir PDF

O morador da cidade de Luziânia, no estado de Goiás - Brasil, acordou na manhã de 11 de agosto de 2010, um pouco “assustado” com a movimentação do exército que ocupou todos os pontos estratégicos do município como parte de um treinamento dos soldados que vão para o Haiti.

O Major Giovanini falou sobre a operação: “O exército está hoje aqui na cidade de Luziânia, fazendo um treinamento para um futuro emprego na operação de manutenção da paz no Haiti. É um contingente que o Comando Militar do Planalto enviará no ano de 2012. Então nós já estamos iniciando a nossa preparação“.

Sobre a movimentação surpresa, o major Giovanini comentou... “Nós temos aqui na operação, quatro blindados e cinco jipes. Estamos tentando simular as mesmas condições e treinar de forma que fiquemos mais próximos da realidade que vamos viver no terreno haitiano“, disse.

Sobre o treinamento... “O treinamento começa do mais simples para o mais difícil. Estamos ainda no início e com o passar do tempo ele se torna cada vez mais intenso. A operação no momento está sendo realizada apenas aqui em Luziânia e com ela, a gente se mostra para a população e consegue atingir os nossos objetivos e também os objetivos da população de Luziânia“, concluiu o Major Giovanini que finalizou falando sobre o alistamento militar... “Quando o cidadão completa os 17 anos de idade, precisa procurar a sua junta de alistamento e faz este alistamento para servir quando já tiver os 18 anos. Com certeza é uma grande lição de vida servir o exército e bastante importante. Acho que vale a pena conferir”, concluiu.

ASSISTA O VIDEO... Clique AQUI!

Saiba por quê o exército brasileiro está no Haiti.

No ano de 2001, Jean-Bertrand Aristide venceu as eleições presidenciais, sendo que menos de 10% da população votou. A oposição negava-se a aceitar o resultado, criando um impasse. No ano de 2004, por meio de negociações mediadas pela comunidade internacional, em especial a OEA e o CARICOM, Aristide aceitou dissolver seu gabinete ministerial. No entanto, a oposição continuou insatisfeita, e a violência que surgiu no início do mês de fevereiro na cidade de Gonaïves se espalhou pelo país.

As forças rebeldes começaram a ocupar todas as cidades importantes do país, quase sem nenhuma resistência do pais. França e Estados Unidos culpavam Aristide pela onda de violência, enquanto os países do CARICOM pediam pela manutenção da democracia, na tentativa de impedir o surgimento de um precedente a justificar golpes contra governos democraticamente constituídos na região.

Com a renúncia de Aristide e seu quase imediato exílio na República Centro-Africana, o Conselho de Segurança das Nações Unidas cria a resolução 1592 de 2004, que solicita a criação de uma força internacional para assegurar a ordem e a paz no Haiti. No entanto, Aristide denuncia que fora sequestrado por fuzileiros norte-americanos, sendo então forçado a renunciar por um grupo de haitianos e civis norte-americanos, informação negada pelos Estados Unidos. Esta ação também teria tido o apoio do governo francês.

Após negociações, e por ter o maior contingente, o Brasil assumiu o cargo de coordenação da recém-formada Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti, ou simplesmente Minustah.