Na madrugada do domingo, 27 de janeiro de 2013, aconteceu um incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, que fica a cerca de 300 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
As informações oficiais apuraram inicialmente um número total de 231 mortes confirmados e cerca de 117 feridos. Tudo teria acontecido porque na última música de um grupo musical que animava a festa, um dos integrantes teria acendido um sinalizador. As faíscas atingiram o forro de isopor que se consumiu muito rapidamente e as chamas liberaram uma fumaça tóxica, provocando pânico e intoxicação quase que instantânea nas mais de mil pessoas presentes no salão.
O pânico fez com que as vítimas procurassem as saídas de emergência, mas, as portas estavam fechadas. A única saída teria sido exatamente a da porta de entrada, onde os seguranças, ainda sem saber o que estava acontecendo, tentavam impedir a saída das pessoas em pânico, em sua maioria universitários da região. As vítimas forçaram a saída e os seguranças foram obrigados a ceder, entretanto, dado o número muito grande de clientes saindo ao mesmo tempo e o fato de a fumaça tóxica agir instantaneamente, muitos não conseguiram sair.
A delegada titular de Restinga Seca, Elizabete Shimomura, que foi quem atendeu a ocorrência por volta das 3h da manhã disse que o trabalho de retirada de corpos da boate terminou e que o Instituto Geral de Perícias recolhe material genético para identificar os corpos. “A grande maioria dos corpos vai ser facilmente identificada pelas famílias, já que estão intactos. Provavelmente, boa parte das pessoas morreu por asfixia, poucos estão queimados”.
Os corpos foram levados para o Centro Desportivo Municipal de Santa Maria, onde as famílias estão sendo cadastradas para identificação das vítimas.