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Com salários atrasados, servidores do DF passam sufoco

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Depois da saída de Agnelo Queiroz (PT-DF) do governo do Distrito Federal e a posse do novo governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o clima no Distrito Federal ficou bem tenso. A falta de dinheiro em caixa tem deixado todas as categorias de servidores públicos com os nervos à flor da pele.

Com salários atrasados, sobram reclamações e muito pouca eficácia nos serviços mais elementares - incluindo-se a colete do lixo nas 31 regiões administrativas. Os setores de educação, saúde e terceirizados são os que mais sofrem com a falta de planejamento, contudo, o autal governador reforçou que a situação em que se encontram as contas do Distrito Federal foi herdada do governo anterior. "É importante ressaltar que estamos pagando os salários de dezembro e recebemos o caixa com apenas R$ 64 mil, além de uma dívida identificada de mais de R$ 3 bilhões.", disse Rollemberg 

Em coletiva de imprensa na Secretaria de Saúde, no fim da tarde desta quinta-feira (8), o governador empossado anunciou data para pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro dos funcionários da saúde e da educação, sem incluir 13° salário, férias e horas extras. "Por causa da urgência da questão da saúde, amanhã à noite faremos o pagamento dos servidores da área. O dinheiro estará à disposição dos funcionários no sábado de manhã", afirmou o governador. O repasse para os profissionais da educação está previsto para quarta-feira à noite (14).

O recurso para o pagamento dos servidores da saúde vem da parcela mensal do Fundo Constitucional do DF, de R$ 1.023.180.441, explicou o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle. "A área da segurança já recebeu, pois essa é uma transação direta da União para a folha. O governador foi informado que hoje à noite ou amanhã de manhã, no máximo, vão entrar R$ 600 milhões na conta única do Tesouro do Distrito Federal. Com esse dinheiro, decidiu pagar primeiro os salários dos profissionais da saúde."

Rollemberg ressaltou que a decisão de fazer os pagamentos dessa forma foi difícil. "Todos estão acompanhando, desde o início do governo, o nosso esforço com objetivo de criar condições para pagar os salários de dezembro. O montante [do Fundo Constitucional] é insuficiente para o pagamento da totalidade das áreas da saúde e da educação."

Para fazer o pagamento dos funcionários da educação, o governo pretende completar o valor que sobrar com recursos de impostos locais. O pagamento dos salários da categoria está previsto para a noite de 14 de janeiro, quando terão sido feitos os recolhimentos tributários da indústria e da substituição tributária.

Nesta sexta-feira (9), a Secretaria de Saúde convocou para segunda-feira (12), às 9h, uma reunião da Mesa de Negociação Permanente do SUS-DF para discutir a pauta de reivindicação dos servidores. Participarão do encontro representantes de todas as classes de servidores da rede e o subsecretário de Gestão Estratégica e Participativa, Tiago Coelho.

César Leite / ESPORTE &CIA,...
com a Assessoria da Secretaria de Saúde do DF