Dando sequência a seu projeto de itinerância por espaços do Distrito Federal, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Ostncs) voltará ao Santuário Dom Bosco, em concerto realizado na terça (10), às 20h. Na série que homenageia o padroeiro da cidade, batizada de Concertos de Dom Bosco, o repertório escolhido é de autoria do compositor tcheco Antonín Dvorák. Também tcheco é o solista que inicia o rodízio de convidados da orquestra: o violoncelista Jan Zalud.
De Dvorák, serão executadas três obras: as Danças Eslavas Op. 46 n° 4; o Concerto em Si Menor para Violoncelo e Orquestra Op. 104; e a Sinfonia n° 7 em Ré Menor Op. 70. As Danças Eslavas compreendem dois conjuntos de músicas, contendo oito danças cada um. A primeira série inspira-se no universo musical tcheco, enquanto o segundo grupo de composições amplia o espectro e bebe da fonte de outros países eslavos, como Sérvia e Polônia. As obras foram responsáveis pelo sucesso do compositor.
Após três décadas de maturação, o autor compôs Concerto em Si Menor para Violoncelo e Orquestra Op. 104 durante uma temporada nos Estados Unidos, sob o efeito do amor que nutria pela cunhada, Josephina. Dividida em três movimentos, a obra é considerada uma das mais icônicas de toda a produção do tcheco. Jan Zalud
Por fim, será executada a Sinfonia nº 7 em Ré Menor Op. 70. Dvorák já pensava em compor uma nova peça, quando a Sociedade Filarmônica de Londres o convidou a ser membro honorário e desenvolver um novo trabalho. Sua inspiração o conduziu a refletir na música o sentimento nacionalista de seus conterrâneos, envolvidos com a consolidação de um estado nacional, onde hoje se localiza a República Tcheca.
CONCERTOS DE MARÇO
Nas próximas semanas, a orquestra se apresentará em sua nova casa: o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Os programas transitam entre clássicos do cinema, passando por Villa-Lobos, Robert Schumann, Maurice Ravel e Ludwig Van Beethoven.
SOBRE O SOLISTA
Nascido na República Tcheca, em 1982, Jan Zalud iniciou seus estudos de violoncelo aos quatro anos de idade. Passou pelos mais destacados conservatórios europeus, em seu país natal e na Espanha. Recebeu máster classes de nomes como Thomas Strahl, Daniel Veiss, Raphael Wallfisch, entre outros. Como solista, já se apresentou na Espanha, China, Emirados Árabes Unidos, Cuba e México. Atualmente, leciona especialização em música na Europa e Estados Unidos, e atua como violoncelista principal da Orquestra Sinfônica de Puebla, no México.