O Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, comentou o escândalo de corrupção que abala a Fifa: “era previsível o que se iria passar”. Entre os detidos na última quarta-feira (27), está o uruguaio Eugenio Figueredo, um dos vice-presidentes da entidade.
Ao participar do 98º Congresso Anual da Federação Rural do Uruguai, que aconteceu ontem em Artigas, no Norte do país, Vázquez classificou o episódio como "uma tragédia".
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da Fifa, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso que envolve subornos no valor de US$ 151 milhões de dólares.
Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, Eugenio Figueredo, do Uruguai, e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimã, e que é também presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (Concacaf), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).
Os demais dirigentes indiciados são o brasileiro José María Marín, membro do comitê da Fifa para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimã.
A Fifa suspendeu provisoriamente 12 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, Aaron Davidson e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da Fifa e informante da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.
A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da Fifa.
Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação sobre os Mundiais de 2018 e 2022 na Rússia e no Qatar.