A Irmã Dulce foi beatificada na tarde do domingo, 22 de maio de 2011, em Salvador-BA, quando foi declarada "Bem Aventurada Dulce dos Pobres". Milhares de fiéis acompanharam a cerimônia
que culminou às 18 horas do domingo, quando os sinos dobraram e Irmã Dulce, foi beatificada depois da leitura da Carta Apostólica, enviada pelo Vaticano.
O representante do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo declarou lendo o decreto papal "Concedemos que a venerável serva de Deus Maria Rita de Sousa Brito Lopes, a qual profundamente confiante na divina providência dedicou-se a cuidar dos doentes, seja chamada de hoje em diante com o nome de Bem Aventurada Dulce dos Pobres, com sua festa fixada no dia 13 de agosto, podendo ser celebrada a cada ano".
Em 21 de janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano anunciou o voto favorável que reconhece Irmã Dulce como venerável e em 3 de abril do mesm oano, o papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas.
No dia 9 de junho de 2010 o corpo de irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação.
No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) a beatificação, última etapa antes da canonização, da religiosa Irmã Dulce, tornando-a a primeira beata da Bahia. O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.
Saiba mais sobre a IRMÃ DULCE:
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como IRMÃ DULCE - hoje beata - nasceu em Salvador no dia 26 de maio de 1914 e faleceu na mesma cidade em 13 de março de 1992). Ela ficou muito conhecida como sendo o "Anjo bom da Bahia" e foi uma religiosa católica brasileira. Destacou-se em todo o mundo por suas obras de caridade e assistência aos pobres e necessitados.
Em 1932 entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição (Smic), em Sergipe. Após seis meses de noviciado, tomou o hábito de freira. No dia 15 de agosto de 1934, ela fez sua profissão de fé e voltou à Bahia.
Desde então, dedicou toda a sua vida à caridade. Começou sua obra ocupando um barracão abandonado para abrigar mendigos. Chegou a receber a visita do Papa João Paulo II, quando esse esteve no Brasil, em virtude de seu trabalho com idosos, doentes, pobres, crianças e jovens carentes. Entre os diversos estabelecimentos que ela Irmã Dulce fundou estão o Hospital Santo Antônio, capaz de atender setecentos pacientes e duzentos casos ambulatoriais; e o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), instalado em Simões Filho, que abriga mais de trezentas crianças de 3 a 17 anos. No Centro, os jovens têm acesso a cursos profissionalizantes. Irmã Dulce fundou também o “Círculo Operário da Bahia”, que, além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas.
Em 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português e depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio. Em 20 de outubro de 1991, recebe no seu leito de enferma a visita do Papa João Paulo II. O Anjo Bom da Bahia morreu em seu quarto, aos setenta e sete anos, às 16:45 do dia 13 de março de 1992, ao lado de pessoas queridas por ela. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.