O piloto brasileiro Ingo Hoffmann, 12 vezes campeão brasileiro de Stock Car, completou no dia 28 de fevereiro de 2012, exatos 56 anos de idade, tendo muita coisa a comemorar.
Atualmente aposentado, Ingo se concentra nos seus projetos pessoais, mas, não deixa de participar de eventos automobilísticos no Brasil. Seu foco é e sempre será a categoria que alavancou sua carreira: a Stock Car, onde atua como chefe de equipe.
Hoffmann se destaca como o piloto mais bem sucedido do automobilismo brasileiro, embora no mundo da fórmula 1 tenha tido uma passagem muito rápida e conturbada, já que competiu pela equipe Copersucar-Fittipaldi e participou de apenas 6 corridas (largou em 3 e não pontuou em nenhuma).
É o maior campeão da história do Campeonato Brasileiro de Stock Car. A trajetória de 12 títulos começou em 1980 (segundo ano da categoria) e depois, 1985, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1996, 1997, 1998 e 2002 – note que de 1989 a 1996, o piloto foi campeão seis vezes seguidas.
A aposentadoria de Ingo Hoffmann aconteceu no ano de 2008, depois de 30 anos ininterruptos como piloto de Stock Car. Quando perguntado sobre o início da carreira, Hoffmann revela: “Eu comecei direto no automobilismo, quando eu tinha 19 anos. Meus pais não permitiram que eu começasse correr no kart, mas quando eu fiz a primeira corrida na pista, no Autódromo de Interlagos, eles passaram a me dar todo apoio”.
Sobre qual seria o seu maior sonho, Hoffmann revela: “Olha, eu consegui alcançar o meu sonho que logicamente foi ter chego à fórmula 1, mas independentemente disso, eu acho que a maior realização que eu fiz foi ter conseguido conquistar 12 campeonatos aqui no Brasil, na Stock Car e a essa altura da minha vida, acho que se eu pudesse dizer que tenho um sonho, seria vencer o Rally dos Sertões na categoria Cross Country. Essa é a grande prova do calendário brasileiro, que apesar de não contar para o campeonato nacional, é uma prova que tem todo aquele diferencial, uma prova muito difícil: são nove; dez dias de competição. Então, respondendo a pergunta, meu sonho seria vencer o Rally dos Sertões”.
O maior projeto pessoal de Ingo Hoffmann, surpreendeu a todos “em termos”, já que depois da aposentadoria, resolveu criar o Instituto Ingo Hoffmann (http://www.ingohoffmann.org.br) do qual é o presidente, tendo como vice-presidente, outro piloto famoso: Antônio Augusto Funari Negrão, ou simplesmente, Guto Negrão. A "Casa da Criança e da Família", primeiro projeto feito e administrado pelo Instituto, é uma parceria com o Centro Infantil Boldrini, hospital referência mundial em tratamento de crianças com câncer. A finalidade do projeto é abrigar crianças junto com sua mãe ou um familiar, durante o período de tratamento da doença, oferecendo além da instalação, alimentação, transporte, brinquedoteca, biblioteca, reforço escolar e psicológico, entre outras coisas.
O ex-piloto, fala sobre a conquista: "Como tudo em minha vida acontece de uma maneira muito veloz, as obras de construção do Instituto Ingo Hoffmann também foram realizadas em um prazo muito curto. Temos hoje uma área construída de 2.200 m² composta de 30 chalés, brinquedoteca, biblioteca, refeitório, cozinha, sala de informática, dispensa, lavanderia, casa do voluntário, capela, portaria e casa do caseiro", explicou Ingo.
Como não poderia deixar de ser, o Instituto está constantamente trabalhando no sentido de fazer uma boa captação de recursos para abrigar as famílias beneficiadas.
“Posso dizer que é um sonho que esta se realizando, pois é extremamente gratificante olhar para todo o projeto, e ver como as pessoas ficam contentes e seguras por poderem estar abrigadas com dignidade, em um momento tão difícil de suas vidas”, disse o piloto que continuou explicando.
“Mas, para podermos dar continuidade a isto tudo, SEMPRE vamos precisar da ajuda dos amigos, pois este é um projeto que não tem mais volta, e portanto qualquer tipo de ajuda e colaboração, sempre será muito importante para nós”.
Ingo supreende no final, colocando aquilo que jamais algum jornalista ouviria durante sua carreira vitoriosa: “Hoje posso afirmar que com certeza este projeto foi a maior vitória de minha vida”.
Texto: Cesar Leite / E&CIA
Fonte: Instituto Ingo Hoffmann