Fontes policiais francesas afirmaram hoje (14) que os atentados terroristas dessa sexta-feira (13) à noite, em Paris, causaram pelo menos 128 mortos. Há 300 feridos, 80 dos quais em estado crítico.
Os hospitais públicos de Paris também receberam 177 casos de "emergência relativa". Esse balanço inclui 43 "testemunhas ou familiares" que precisaram de assistência, de acordo com a Assistência Pública-Hospitais de Paris, que coordena o conjunto dos estabelecimentos hospitalares.
Pelo menos 53 pessoas tinham recebido alta ao início da tarde de hoje.
Oito terroristas, todos com coletes de explosivos, atacaram sete locais, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha. Segundo a polícia, os oito terroristas foram mortos em operações de segurança.
A França decretou o estado de emergência e fechou as fronteiras para controlar a saída de entrada de pessoas. O presidente François Hollande classificou os acontecimentos dessa sexta como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Estes foram os atentados mais sangrentos na Europa desde os ataques em Madrid, em 2004. Oficialmente, os atentados ainda não foram reivindicados. "Esta terrível provação (...) sabemos de onde vem, quem são estes criminosos, quem são estes terroristas", afirmou Hollande.
O ministério do Interior francês pediu, em comunicado aos parisienses, que se mantenham em casa, e divulgou um número de informações ao público. "As pessoas que se encontrem em casa, em casa de amigos, ou em instalações de trabalho na região parisiense, devem evitar sair, salvo em caso de necessidade absoluta", de acordo com a página do ministério na internet.
A prefeitura de Paris já havia feito essa mesma recomendação ainda na noite de ontem, tendo cancelado também várias linhas de metrô, trem e ônibus que levam aos locais que foram foco dos atentados.
As autoridades criaram uma plataforma online para reunir testemunhos que possam ajudar nas investigações.