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Coleta de lixo garante economia de R$ 81 bi ao país

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Engajado na questão da seleção e destino do lixo, o Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário e Serviços Terceirizados do Distrito Federal (SEAC/DF), apoia a iniciativa do governo de ampliar a coleta de lixo reciclável para todo o DF mas alerta que, se não houver uma grande campanha de orientação da população, os resultados podem não ser os esperados.

Para a entidade, é preciso também a definição de uma política de governo para criar a infraestrutura que garanta o destino adequado ao lixo reciclável e do lixo orgânico no Distrito Federal, onde menos de 20% da região tem coleta seletiva e apenas 3% dos resíduos secos descartados são reciclados.

No dia 21 de setembro do ano passado o SEAC/DF lançou uma campanha em comemoração ao Dia da Limpeza. Cerca de 300 voluntários participaram do evento realizado na Rodoviária do Plano Piloto, criado para conscientizar a população sobre a importância da limpeza ambiental.

Reunindo empresários e voluntários, principalmente das empresas prestadoras de serviços de limpeza, a ação busca identificar as fontes de poluição, dar conhecimento à população dos riscos dos resíduos no meio ambiente e adotar medidas de controle.

Quando você mistura todo o lixo da sua casa, está perdendo a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta. Parece exagero, mas o lixo misturado não pode ser reaproveitado. Vai diretamente para os lixões e aterros que, na melhor das hipóteses, ocupam um espaço precioso de terra que poderia ser usado para moradias ou plantações. Na pior e mais comum das hipóteses, o lixão que recebe o seu lixo vai contaminar o solo e o subsolo.

Na casa do professor da UnB, Ricardo Azevedo, cuidar da seleção do que é descartado já virou uma rotina diária. Morador do Lago Norte, ele acondiciona o lixo reciclável em separado para depois ser recolhido pelo caminhão. Já o lixo orgânico, como restos de comida, cascas de frutas e verduras e até as fezes dos cachorros, tem destino no próprio pátio. O resultado desse cuidado é comemorado pela família. Os resíduos de origem vegetal ou animal alimentam um minhocário. O húmus produzido ali passa pela compostagem - mistura com terra nos fundos da casa - e está pronto para ser usado como adubo de uma horta caseira.
 
Nos últimos dez anos, a população do Brasil aumentou quase 10%enquanto que, no mesmo período o volume de lixo cresceu mais do que o dobro, 21%. Em média, cada brasileiro produz 1,5 quilo por dia. O problema é que a geração de lixo elevada não vem acompanhada do descarte correto. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), só em 2012, dos 64 milhões de toneladas de resíduos produzidos pela população, 24 milhões (37,5%) foram enviados para destinos inadequados.

O que fazer para aproveitar esses materiais que acabam triturados nos caminhões de coleta?
Com ações simples o país pode economizar cerca de R$ 8 bilhões por ano, perdidos por deixar de recliclar os resíduos que são encaminhados aos aterros e lixões. Essa economia consta de uma pesquisa Ciclosoft, feita pelo CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem – após o início da política nacional de resíduos sólidos, em 2012, quando foi implantada.