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Aldo Rebelo defende atualização das Forças Armadas

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O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, defendeu, hoje (8), durante a cerimônia em comemoração ao Dia da Vitória, que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, a atualização das Forças Armadas para garantir a soberania do país. Em entrevista após a cerimônia, Aldo Rebelo, admitiu que o orçamento das Forças Armadas não é suficiente para as necessidades do setor.

O ministro disse que, além de reverenciar os que lutaram na guerra, é necessário considerar a atualidade da importância das instituições e que “o Brasil disponha de Forças Armadas no estado da arte aptas e capazes ao exercício de defesa da sua soberania”. “Que o Exército, a Força Aérea e a Marinha estejam permanentemente preparados e capacitados para preservar as nossas fronteiras, defender a integridade do nosso território, a unidade do nosso país e a inviolabilidade do nosso espaço físico”.

Cortes

Este ano, houve corte de 25% na área, Rebelo disse que vários equipamentos têm sido comprados para assegurar a modernização das instituições. “O orçamento nunca tem sido o suficiente, mas, mesmo assim, temos preservado os programas essenciais, como o do submarino, o convencional e o nuclear”, disse.

O ministro destacou, entre outros programas, a perspectiva de aquisição de quatro corvetas projetadas para as necessidades da Marinha, o avião-caça de nova geração que o Brasil desenvolve com a Suécia e que a fabricação das primeiras unidades já está em andamento, além do avião de transporte KC390, que será utilizado na aviação de transporte militar.

“Estamos protegendo esses programas e isso tem sido o esforço do Ministério da Defesa. Houve corte no ano passado e houve corte este ano, em torno de 25% do orçamento inicial, mas, mesmo assim, liquidamos restos a pagar, matemos nossas contas em dia e vamos procurar preservar aquilo que for essencial para o reequipamento e a manutenção da atualidade das Forças Armadas”, disse.

Impeachment

O ministro disse que não poderia comentar os cortes previstos nos gastos públicos, caso seja aprovado, no Senado, o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer assuma o governo. “Esse assunto eu não posso debater, porque só posso debater temas relacionados com o governo da presidente Dilma”, disse.

Aldo Rebelo também não quis revelar se considera o impeachment um golpe. “A data de hoje é mais propícia para celebrar feitos dos nossos soldados, a defesa da soberania da nação e a defesa da democracia. Sobre este assunto, a presidente da República tem se manifestado e a ela devo todo apoio e solidariedade”.

O ministro disse que tem acompanhado pelos jornais o andamento do processo no Senado, mas quem tem falado pelo partido dele é a senadora Vanessa Grazziotin ( PCdoB-AM).

Cerimônia

A cerimônia pela 71ª comemoração Dia da Vitória, ocorreu no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio. Além do ministro, teve as participações dos comandantes da Marinha, almirante de esquadra, Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; da Força Aérea, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato; do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, almirante de esquadra Ademir Sobrinho; do secretário-geral do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, e do comandante do 1º Distrito Naval, vice-almirante Leonardo Puntel. Neste ano a organização, que é feita em sistema de rodízio, coube à Marinha.

Houve desfile de tropas e homenagens a integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), incluindo salva fúnebre de 15 tiros lançados da embarcação aviso de patrulha Albacora da Marinha, posicionada na Baía de Guanabara, em frente ao Monumento. Ainda na cerimônia, 289 personalidades civis e militares, 61 ex-combatentes da FEB e seis instituições, receberam a Medalha da Vitória, criada pelo Ministério da Defesa para homenagear militares das Forças Armadas e civis nacionais e estrangeiros que contribuíram para a divulgação dos feitos alcançados pela FEB na Segunda Guerra Mundial.

Público

O menino Vitor Munive, de 8 anos, acompanhou a cerimônia no gramado em frente a área do Monumento. Ele estava animado porque viu o primo Tiago Maciel desfilando pela Marinha e esta não foi a primeira solenidade que participou. “Eu já vi cerimônia de troca de espadim. Meu primo é da Marinha e eu fui ver, ele até já me deu um chapéu da Marinha e eu fico brincando e peço ao meu pai para fazer fantasia”, disse.

Vitor foi levado pelos avós Eloisa, de 77 anos, e Armando, peruano de 79 anos, que mora no Brasil há mais de 50 anos. Os dois são da Igreja Messiânica Mundial e sempre participam de cerimônias de culto aos soldados no dia de finados, que ocorrem também no Monumento.

“Acho interessante que no momento atual haja essa brasilidade, sentimento da pátria. Acima de tudo é a nossa pátria e temos que zelar por ela. Isso acima de qualquer coisa. Nosso país é um país grande e rico e temos que preservar esta liberdade. Ensino ao meu neto esta máxima: liberdade e ser patriota acima de tudo”.