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Mello vence Andujar e está na semi do Brasil Open

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O brasileiro Ricardo Mello precisou de apenas 58 minutos para atropelar o espanhol Pablo Andujar e garantir vaga na semifinal do Brasil Open pela terceira vez, a segunda de forma consecutiva, nesta quinta-feira, na Costa do Sauípe. Com uma exibição beirando a perfeição, o número 2 do país arrasou o rival e venceu a partida por 2 sets a 0, parciais de 6/1 6/0.

Mello enfrentará nesta sexta-feira o ucraniano Alexandr Dolgopolov, que bateu o italiano Potito Starace, por 6/3 6/4, em busca de uma inédita classificação à decisão do maior torneio do calendário brasileiro.

"Chegar à final aqui é um sonho meu. Esta vai ser minha terceira semifinal e eu espero que dessa vez eu possa dar um passo à frente. Ficaria muito contente", diz o número 78 do mundo.

Mello entrou em quadra embalado por duas boas vitórias sobre tenistas considerados favoritos - bateu o colombiano Santiago Giraldo na estreia e o espanhol Albert Montañes nas oitavas de final - mas precisou de alguns minutos para se encontrar na partida. O brasileiro teve seu saque ameaçado no primeiro game, porém acordou a tempo de salvar o break point para assumir definitivamente o controle do jogo. Andujar em nada lembrava o tenista que, na véspera, havia eliminado o compatriota Tommy Robredo, um dos principais candidatos ao título do torneio.

A chance de quebra que obteve no primeiro game foi efetivamente o único bom momento de Andujar, que não voltaria a ameaçar o anfitrião até o fim do jogo. Logo no segundo game, o brasileiro chegou à primeira quebra e sem dificuldades abriu 3/0 em seguida. Com o primeiro saque encaixado e uma postura sólida no fundo de quadra, Mello ainda chegou a outra quebra no quarto game, para depois de ver o espanhol finalmente confirmar um serviço e evitar o pneu. Foram necessários apenas 29 minutos para que Mello fechasse a parcial em 6/1.

O domínio do brasileiro se repetiu no segundo set com outra exibição irretocável. Mello mostrou que não estava disposto a dar chances a Andujar e quebrou o saque do rival logo no primeiro game. Repetiu a dose outras duas vezes, no terceiro e quinto games, e desta vez não permitiu que o espanhol mantivesse seu serviço uma vez sequer. Um impecável 6/0 para selar a classificação em grande estilo.

"Fui firme do início ao fim, apesar de ter começado com algumas dificuldades. Depois que consegui evitar aquela quebra no primeiro game, que poderia ter mudado a história do jogo, consegui impor meu jogo", analisou o campineiro. "Não esperava perder só um game nessa partida, imaginei um jogo muito mais difícil. Mas cometi poucos erros e consegui mexer bastante com ele na quadra, fazendo com que ele jogasse sempre desequilibrado, e isso foi fundamental", analisou o campineiro".

Mello acredita que enfrentará mais dificuldades na semifinal contra Dolgopolov, mas prefere se concentrar em repetir suas performances e deixar de lado as análises sobre o rival.

"Terei uma partida duríssima pela frente. Dolgopolov é um jogador que vem com muita confiança depois de chegar às quartas do Aberto da Austrália e tem um estilo de jogo muito diferente. É um jogador novo, não dá ritmo e varia muito as jogadas. Mas tenho que me preocupar mais comigo, em manter o foco e continuar jogando como tenho jogado desde a primeira rodada", disse Mello.

Dolgopolov diz que não tem um plano traçado para a partida contra Mello e garante que não se incomoda em ter a torcida contra ele no duelo.

"Não conheço Ricardo muito bem, mas ele está confiante após três boas vitórias e certamente será uma partida dura. Sei que ele é canhoto, então é provável que eu comece com o básico e veja como ele se comporta para então apostas em alguma estratégia", confessa o ucraniano. "Sei que a torcida estará contra mim, mas não acho que isso vá interferir no meu jogo. O calor também não deve atrapalhar porque no fim da tarde a temperatura já está amena".

Motivos para confiar em seu próprio jogo o brasileiro tem de sobra. Ricardo encara seu desempenho diante de jogadores mais bem ranqueados - como Montañes, número 25 do mundo - ou mais embalados - como Giraldo, vice-campeão do ATP de Santiago - até aqui como um sinal de que está no mesmo nível dos adversários.

"Acho que estou em um nível um pouco acima do que o meu ranking diz, mas não acho que isso seja importante. Para mim significa mais jogar de igual para igual com esses caras", garante.