Cesar Cielo voltou a nadar os 50 m livre na casa dos 21 segundos nesta temporada e conquistou o ouro para o Flamengo no 51º Brasileiro Absoluto, o Troféu Maria Lenk, na piscina do complexo Júlio Delamare. Cielo nadou a distância em 21s95, na quarta-feira (4/5), para ir ao lugar mais alto do pódio. Bruno Fratus ficou com a prata (22s20) e Nicholas dos Santos, companheiro de Cielo no Flamengo, com o bronze (22s50). Ao abrir o revezamento 4x50 m livre, na terça-feira (3/5), Cielo fez 21s73, o tempo mais rápido do mundo este ano.
"Foi bom, me senti bem na água. Achei que poderia nadar como no revezamento, mas o importante foi ganhar. Não fiquei chateado com o tempo. Não estou raspado, não estou descansado. Fazer outro 21 segundos no ano é bom. Vamos esperar o Mundial chegar para estar polido e conseguir melhorar esse tempo", observou Cielo. O velocista passou os 50 m sem respirar, mas disse que "pesou" no final.
"Hora de descansar pro resto da competição! Bom ter dois rubro-negros no pódio", afirmou Cielo, que ainda vai nadar os 100 m livre - com eliminatórias nesta quinta-feira, a partir das 18 horas -, os 50 m borboleta e os revezamentos do Flamengo 4x100 m livre e 4x100 m medley. Cielo foi ao pódio com uma bandeira do Flamengo que tem o seu rosto e o seu nome. O clube fez a bandeira em homenagem a Cielo.
Sobre o fato de a segunda vaga nos 50 m livre para o Mundial de Xangai (CHI) ter ficado com Bruno Fratus e não com Nicholas dos Santos, seu companheiro de Flamengo e do Projeto Rumo ao Ouro em 2016 (P.R.O. 16), Cielo disse que faz parte do processo de competição. "O Bruno é um excelente nadador. Esporte é isso. Cada um tem de fazer o seu melhor e mostrar que isso foi suficiente."
O Mundial de Xangai, de 24 a 31 de julho, é a prioridade na temporada. Cielo disse que não assusta o fato de agora chegar como favorito. "É saber que tenho de fazer o meu melhor para estar entre os melhores." Cielo acha que o Brasil terá uma seleção forte no Mundial."
Para o técnico Alberto Silva, no atual estágio de Cielo - não está raspado nem polido -, o resultado foi bom. "A saída dele encaixou melhor no revezamento e, para uma prova rápida como esta, é importante largar bem. Isso atrapalhou um pouco", afirmou Albertinho. "Mas estamos satisfeitos com o que ele fez até agora. E o nosso objetivo, que era nadar o melhor tempo do mundo no ano, foi alcançado com os 21s73 que ele fez na abertura do revezamento. Foi um bom começo de Maria Lenk", disse Albertinho. Cielo já tem duas medalhas de ouro na competição, a dos 50 m livre e a do revezamento 4x50 m livre.