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Cielo fecha Maria Lenk nadando estilo borboleta

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O velocista Cesar Cielo fechou o Troféu Maria Lenk, no domingo (08/05), no Parque Aquático Julio Delamare, no Rio, com mais duas medalhas de ouro. Cielo ganhou os 50 m borboleta (23s39, recorde do campeonato), dividindo o pódio com Nicholas dos Santos (23s60) e Glauber Silva (23s92). Na última prova da competição, levou o ouro com a equipe do Flamengo no revezamento 4x100 m medley. Cielo nadou o estilo borboleta, formando grupo com Leonardo de Deus (costas), Henrique Barbosa (peito) e Nicholas dos Santos (livre). O Flamengo fez 3min37s69, um centésimo à frente do Pinheiros (3min37s70). O Minas Tênis ficou em terceiro (3min38s32).

"Foi um tremendo teste para o meu treinamento chegar ao domingo, depois de sete dias de disputas, e fazer o melhor tempo da temporada (nos 50 m borboleta). Estou me aproximando mais no ranking mundial. Está tudo dando certo. É levar um dia de cada vez e tentar melhorar para o Mundial", disse Cielo. O recorde anterior do Troféu Maria Lenk, que pertencia ao próprio Cielo, era 23s42. "Eu continuo não treinando para o borboleta. Apenas tento usar a força do treinamento da musculação e minha velocidade. E está fluindo bem. Estou contente com o resultado."

 

Cielo tem índice para nadar os 50 m borboleta no Mundial de Xangai (CHI), de 24 a 31 de julho, além dos 50 m e dos 100 m, ambos no estilo livre. Mas também está escalado para a equipe do 4x100 m livre do Brasil. Dependerá do programa de provas do Mundial e de conversas com a comissão técnica da seleção brasileira para saber se vai nadar o estilo borboleta em Xangai. "Quem sabe aí eu não possa pensar na prova também e na briga por medalhas. Vou priorizar o revezamento do Brasil, mas podemos tentar encaixar um planejamento bacana. Quem sabe, tendo um reserva para nadar as eliminatórias do revezamento, eu possa fazer os 50 m borboleta? Tudo é uma questão de planejamento", comentou Cielo.

O velocista comemorou com os companheiros a vitória do Flamengo no revezamento 4x100 medley. Ele nadou o estilo borboleta para a equipe e Nicholas dos Santos, o livre. "Fechamos bem o Maria Lenk. Queria agradecer ao Nicholas, que conseguiu trocar comigo. Eu quase não dei a chegada, Estava parecendo um caramujo no finalzinho ali, doendo bastante. Revezamento é sempre empolgante", disse Cielo.

Observou que, mesmo com uma equipe menor do que as outras, o Flamengo obteve a terceira colocação (784 pontos), atrás do Fiat/Minas (1.753) e do Pinheiros (1.067). "Fomos terceiros no geral, mas ganhamos ouro nos três revezamentos. É uma equipe que está crescendo, mostrando a força do clube. Parabéns ao grupo. É muito bom sair daqui com a terceira colocação geral numa competição tão forte."

Cinco ouros, uma prata: "Treino que exigiu muito"

O Maria Lenk foi positivo para o principal velocista do Brasil. O campeão olímpico e mundial levou a medalha de ouro nos 50 m livre (21s95) e no revezamento 4x50 m livre (que abriu com o melhor tempo do ano no mundo: 21s73). Ainda foi o primeiro nos 50 m borboleta e nos outros dois revezamentos do Flamengo, o 4x100 m livre e o 4x100 m medley. Levou a medalha de prata nos 100 m livre. "Esta competição é parte do meu planejamento para o Mundial. Agora, é dar aquela lapidada e achar a minha velocidade natural. Foram cinco medalhas de ouro e uma de prata em um treino que exigiu muito de mim", disse Cielo. "Mentalmente, foi um desafio muito bom. Agora, é continuar focado, analisar tudo o que fizemos, discutir com o meu técnico e voltar para o treinamento para o Mundial."

Para o técnico Alberto Silva, o Albertinho, que treina Cielo e comanda o Projeto Rumo ao Ouro em 2016, o P.R.O. 16, os objetivos traçados para a competição foram alcançados. O único que ficou fora foi o resultado dos 100 m. O fato de Cielo ter perdido a medalha de ouro para Bruno Fratus não foi o problema, mas na Tentativa para o Mundial, em abril, Cielo havia nadado a distância em 48s66 (no Maria Lenk fez 49s03). "Nos 50 m livre, ele fez as marcas que a gente pensava. Nos 100 m, pelo que ele nadou nos revezamentos, poderia ter feito algo na casa dos 48 segundos. Está dentro dele. Só não conseguiu tirar. Nos revezamentos, ele passou os primeiros 50 metros, por duas vezes, na casa dos 23s2. Mas não conseguiu se mobilizar para isso momento da disputa dos 100 m. A prova não encaixou, mas ele estava pronto."

O treinamento será retomado imediatamente, no Centro Olímpico, em São Paulo. Serão 11 semanas de trabalho até o Mundial. "Desde o início da temporada estamos visando a resultado lá em Xangai", completou Albertinho.