Robert Scheidt estreou com vitória na Rolex Ilhabela Sailing Week, no domingo (3/7). A exemplo de Bruno Prada, seu parceiro na classe Star, Scheidt aproveitou uma brecha na campanha olímpica para integrar, como timoneiro, a tripulação do Atrevido, da classe HPE25, na competição em Ilhabela. Prada é o timoneiro do Oakley/Max, da mesma classe. Neste domingo, o Atrevido, comandado por Fábio Bocciarelli e com Thomas Scheidt, irmão de Robert, e Marina Bocciarelli também na tripulação, venceu com larga vantagem o Troféu Renato Frankenthal, regata de estreia da HPE25, em percurso de 20 milhas (37 km), cruzando a linha de chegada em 4h18min42. O Aventura, segundo colocado, chegou depois de 4h28min08.
"Entrei meio de gaiato na competição", disse Scheidt. "Aceitei o convite na última hora, mas é sempre um prazer participar da Rolex Ilhabela Sailing Week, um evento que vem crescendo ano a ano. Eu fiquei ausente nos últimos anos por causa da campanha olímpica, mas este ano consegui encaixar e vir aqui", contou. "Recebi um convite do Fábio Bocciarelli para participar da regata, fiquei meio em dúvida, mas acabei topando."
Os ventos oscilaram muito neste primeiro dia de competição. Começaram por volta de 5 nós (9,25 km/h), chegaram a parar e alcançaram 18 nós (33,33 km/h) na parte final da regata. "Acho que fomos beneficiados com a estratégia", contou Scheidt. "A regata foi muito técnica, o vento acabou depois do píer da Petrobrás e tivemos uma situação bastante crítica ali, todos os barcos parados. Optamos por velejar mais por São Sebastião e foi a tática acertada porque conseguimos pegar vento antes do resto da flotilha e abrir uma boa vantagem", prosseguiu. "Mas tem muita água ainda para rolar. Acho que foi um bom começo e o importante é que estamos nos divertindo bastante."
Scheidt espera encontrar mais dificuldades nas regatas de barla-sota. "Aí, o que vai valer mesmo são as boas largadas e as tripulações que estiverem mais bem treinadas, pois não existe muito o que se possa fazer quanto à tática", comentou. "São regatas mais curtas, em que as manobras do barco fazem muita diferença. Ainda mais em uma flotilha parelha, em que não existe vantagem de velocidade."
Na classe HPE25, Scheidt é adversário de Bruno Prada, seu proeiro na Star. "Fico feliz por ele estar velejando no HPE25 e estar na disputa do título em Ilhabela", disse Scheidt. "O Bruno está como timoneiro e sei que, por isso, vai se tornar um velejador cada vez melhor, com maior percepção do que é tática de regata, do que é velejar um barco."
Para a HPE25 estão previstas oito regatas na Rolex Ilhabela Sailing Week. Depois do Troféu Renato Frankenthal, a partir da terça-feira (5/7) estão programadas uma regata de médio percurso e mais seis de barla-sota. Com duas provas completadas, a competição será considerada válida. Com seis regatas completadas, os velejadores terão direito ao descarte do pior resultado.
Resultado do Troféu Renato Frankenthal
1º - Atrevido, 4h18min42
2º - Aventura, 4h28min08
3º - Bond Girl, 4h33min54
4º - Bss, 4h34min08
5º - Take Ashauer, 4h39min52
Classificação da classe HPE25 após o Troféu Renato Frankenthal:
1º - Atrevido, 1 ponto perdido (1)
2º - Aventura, 2 pontos perdidos (2)
3º - Bond Girl, 3 pontos perdidos, (3)
4º - Bss, 4 pontos perdidos (4)
5º - Take Ashauer, 5 pontos perdidos (5)
