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Cielo vence altitude e os 100 m livre com recorde

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Cesar Cielo venceu a altitude de Guadalajara - cidade mexicana a 1.500 m acima do nível do mar - para ganhar a medalha de ouro nos 100 m livre, neste domingo (16/10), na piscina do Centro Aquático Scotiabank, nos Jogos Pan-Americanos. Cielo venceu com superioridade, em 47s84, o segundo melhor tempo do ano no mundo e recorde pan-americano - melhorou sua própria marca, de 48s79, obtida no Rio, em 2007. A medalha de prata ficou com o cubano Hanser Garcia (48s34) e a de bronze com o nadador da Ilhas Cayman Shaune Fraser (48s63). Cielo ainda voltou para ganhar o seu segundo ouro na noite, dessa vez com os companheiros do Brasil no revezamento 4x100 m livre, novamento com recorde pan-americano: 3min14s65.

O velocista, que é campeão e recordista mundial da prova, adotou sua costumeira rotina. Apontou para o céu, se benzeu, botou na boca e cuspiu a água da piscina, bateu no corpo para então fazer tudo o que mais sabe, uma largada perfeita, uma virada forte e liderar a prova de ponta a ponta. Pela manhã, no programa das eliminatórias, Cielo já havia feito o melhor tempo com 48s89. Saiu satisfeito, dizendo que tinha vencido a altitude na primeira vez em que caiu na piscina neste Pan.

Cielo deixou a piscina ovacionado pelo público que lotou as arquibancadas do parque aquático. Foi novamente aplaudido no pódio. "Esse é um ano que vai entrar para a história na minha vida, como o que estive no ponto mais baixo e no ponto mais alto. O tempo que fiz nesses 100 m nadando na altitude me deixa muito feliz", disse Cielo.

Com o bom resultado, Cielo começa a pensar em ouro nos 100 m livre também nos Jogos de Londres, em 2012. "A Olimpíada está aí e eu vou começar a pensar mais alto em relação aos 100 m. Dá para sonhar mais com essa prova." O nadador voltou a falar da boa fase. "Mesmo com as duas medalhas de ouro do Mundial de Xangai, o golpe que eu tinha levado tinha me deixado meio tonto. Sorte dos meus adversários que eu não estava assim lá no Mundial, porque se eu nadei bem aqui, com certeza teria nadado melhor lá", finalizou Cielo, que voltou ao aquecimento para o revezamento 4x100 m livre do Brasil. No Mundial de Xangai, em julho, Cielo ganhou duas medalhas de ouro, nos 50 m livre e nos 50 m borboleta, mas ficou fora do pódio, em quarto, nos 100 m livre, com 48s01. Foi atrapalhado por enfrentar o painel da Corte Arbitral do Esportes (CAS), na véspera da competição, quando foi liberado para nadar o Mundial.

Cielo, com a equipe do Brasil, venceu ainda o revezamento 4x100 m livre, de ponta a ponta, também com recorde pan-americano: 3min14s65 (o recorde anterior, também do Brasil, era de 3min15s90). Bruno Fratus abriu o revezamento e entregou na frente. Nicholas Santos, segundo homem da equipe, ampliou a vantagem e Cesar Cielo, o terceiro, abriu mais de um corpo de diferença para os Estados Unidos, facilitando a missão de Nicolas Oliveira de fechar a prova com ouro e recorde para o Brasil. Os Estados Unidos ficaram com a medalha de prata e a Venezuela com a de bronze.

"Ganhar é sempre uma emoção, ganhar com os amigos é melhor ainda. O Fratus se superou, o Nilo (Nicolas Oliveira) ainda não havia nadado e o Nicholas veio exclusivamente para nadar o revezamento. A moçada segurou, deu certo, foi muito bom", disse Cielo.

Cielo não nadou as eliminatórias do 4x100m livre, em que os Estados Unidos ficaram com o melhor tempo: 3min17s57. O Brasil foi segundo, com 3min23s64, nadando com Gabriel Mangabeira, Henrique Rodrigues, Thiago Pereira e Nicholas Santos.

Cielo volta à piscina pelo Pan-Americano para os 50 m livre, na quinta-feira (20/10). Ainda integrará a equipe do revezamento 4x100 m medley do Brasil na sexta-feira (21/10).