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Ronald Julião leva o ouro e faz índice A no disco

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Ronald Julião teve um dia especial no Grand Prix Brasil de Atletismo, no domingo (20/5), na pista do Engenhão, no Rio. Ronald, do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, venceu o lançamento do disco com 65,41 m, ouro que veio acompanhado de novo recorde brasileiro e de índice A para a Olimpíada de Londres, de 27 de julho a 12 de agosto. Ronald melhorou o próprio recorde em 2,21 metros. Já havia feito o índice mais fraco duas vezes, em competições nos Estados Unidos - 63,01 m e 63,20 m.

O que deu a vaga a Ronald foi um lançamento de 63,01 m, com vitória no Long Beach Invitational, dia 21 de abril, nos Estados Unidos. Ronald havia superado em um centímetro o índice exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), de 63 m. Mais tranquilo, ainda melhorou o índice nos EUA, mas agora quebrou a barreira dos 65 metros e cravou o índice A da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF): 65 m.

"Faltava encaixar um bom lançamento, mas eu estava treinando para o índice A. Demorou um pouquinho para eu lançar 65 m, mas eu sabia que ia sair porque, de acordo com o que venho fazendo nos treinamentos, estávamos trabalhando com a expectativa de algo entre 64 e 66 m. Hoje, acordei achando que ia fazer os 65 m e até comentei isso com o pessoal da prova quando cheguei ao estádio", disse Ronald. O lançador acha que a marca o motiva ainda mais e também estimula os outros atletas da prova. "Eles vieram me parabenizar e disseram que vão correr atrás da marca", comentou o paulista de Caieiras, que completa 27 anos em 16 de junho. O brasileiro dividiu o pódio com Jorge Fernández, de Cuba (63,89 m) e German Lauro, da Argentina (60,48 m).

Mulheres e medalhas

Fabiana Murer, campeã mundial do salto com vara, saiu do Engenhão "um pouco mais contente" do que em São Paulo. Fabiana levou a medalha de prata, com 4,50 m, atrás das cubana Yarisley Silva (4,60 m) e à frente de outra saltadora de Cuba, Dallis Caballero (4,50 m). "Minha corrida foi boa e os saltos mais consistentes aqui do que em São Paulo. Mas ainda temos de fazer ajustes da prova - na altura em que estou segurando a vara, talvez no posicionamento do poste mais para a frente, no ângulo da decolagem, questões muito técnicas, da prova mesmo", afirmou Fabiana, que agora deixará o Brasil para competições e treinos no exterior antes dos Jogos Olímpicos. Vai saltar em Eugene (2/6) e Nova York (9/6) e depois em Mônaco (20/7). Sua base de treinamentos será Fórmia (ITA) até a viagem para Londres.

Fabiana passou a marca de 4,50 m em sua segunda tentativa. A cubana ultrapassou na primeira. Mas, na sequência, a brasileira optou por não saltar a altura de 4,60 m, como fez a cubana Yarisley Silva. Fabiana pediu que o sarrafo fosse elevado para 4,65 m - fez três boas tentativas, mas tocou no sarrafo, que caiu. "Não fiz os resultados que eu queria nessas duas primeiras competições. Queria saltar mais alto, mas aqui fui um pouco melhor e também mais consistente", disse Fabiana.

Keila Costa, que já tem índice olímpico no salto triplo, ficou com a medalha de prata no salto em distância (6,58 m), prova vencida por Maurren Maggi (6,69 m), com bronze para Eliane Martins (6,53 m).

Mais pódios

Ana Cláudia Lemos Silva abriu o revezamento campeão 4x100 m do Brasil. Ana ganhou o ouro com Vanda Gomes, Evelyn dos Santos e Rosângela dos Santos, em 43s01. Nilson André (com Carlos de Moraes Jr., o Codó, Sandro Viana e Diego Cavalcanti) estava no revezamento 4x100 m masculino do Brasil, que também levou ouro: 36s63.

Nos 400 m rasos, o Clube de Atletismo BM&FBOVESPA teve pódio triplo com Geisa Coutinho ganhando o ouro (51s79), Joelma das Neves Souza (52s24) a prata e Jailma Sales de Lima o bronze (53s50). O trio voltou à pista para ficar com o ouro, com Lucimar Teodoro, pelo Brasil, no revezamento 4x400 m (3min31s79).

Jucilene Sales de Lima, levou a medalha de bronze no lançamento do dardo (56,48 m) - dividiu o pódio com a brasileira Laila Ferrer e Silva (60,21 m - índice olímpico) e a cubana Yanelis Ribiaux (57,02 m).

No lançamento do martelo, o Clube não teve medalhas, mas Carla Michel, que ficou em 8º, com 59,23 m, comemorou o melhor lançamento da carreira. "Minha melhor marca era 58,68 m, do Troféu Brasil do ano passado. Hoje, lancei 59,23 m", disse a atleta de 24 anos. Carla vive a expectativa de ir para o Ibero-Americano de Barquisimeto (VEN), de 8 a 10 de junho. A lançadora Anna Paula Magalhães sofreu uma fratura no pé e é dúvida. Mas Carla avisa que está torcendo pela recuperação da companheira de Clube. "Ela é minha companheira. Moramos juntas, somos gaúchas. Torço por ela."