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Lara e Nayara repetem resultado de Pequim (13º)

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As brasileiras Lara Teixeira e Nayara Ribeiro empolgaram o público inglês, mas não conquistaram os juízes nesta segunda-feira, 6 de agosto, e ficaram sem uma vaga na final do dueto na competição de nado sincronizado dos Jogos Olímpicos Londres 2012. A apresentação da dupla na rotina livre recebeu nota inferior à obtida na véspera, na rotina técnica, e a pontuação total de 174.100 deixou as brasileiras em 13º lugar na classificação geral, mesmo resultado de Pequim 2008.

As primeiras colocadas nas eliminatórias foram as russas Natalia Ishchenko e Svetlana Romashina, que somaram 196.800 pontos, seguidas pelas chinesas Xuechen Huang e Ou Liu, com 192.810, e pelas espanholas Ona Carbonell Ballestero e Andrea Fuentes Fache, com 192.590.

Ao som de Arnaldo Antunes, Lara e Nayara levaram à piscina do Centro Aquático de Londres nesta segunda uma empolgante coreografia com o tema “Corpo Humano”, apoiada num figurino que chama a atenção pela criatividade. Da base neutra do maiô das nadadoras saltam desenhos com brilhos que reproduzem os órgãos do corpo e a touca reflete a estrutura do cérebro humano.

Depois de uma apresentação segura na rotina técnica, que valeu ao dueto brasileiro a pontuação de 87.100 e a 12ª colocação, na rotina livre Lara e Nayara somaram apenas 87.000 pontos (43.570 pontos no mérito técnico e 43.430 em expressão artística), totalizando 174.100, atrás da dupla da Coreia do Sul, que ficou com a última vaga.

“Fizemos tudo o que podíamos e o público deu um retorno muito bacana. A nota não foi o que imaginávamos, mas estamos satisfeitas. Agora, só vendo no vídeo o que aconteceu e o que podemos melhorar”, disse Lara. “O tema é um grande diferencial, nossa ideia era mesmo captar a atenção com algo que nunca foi usado e acabou se tornando um ponto forte a nosso favor. O pessoal já entendeu, já viu em outras competições, mas sempre tem gente pedindo para ver melhor de perto, tirar foto”.

Apesar do resultado, a técnica canadense Leslie Sproule, que acompanha o dueto desde o início do ano, elogiou a evolução das nadadoras. “Nosso foco era melhorar a intensidade do final da apresentação e elas conseguiram fazer isso hoje, a segunda metade da rotina foi ainda melhor do que a primeira. Elas deixaram tudo o que podiam na piscina e saíram felizes com o que fizeram, mas as notas são diferentes em cada competição e é muito difícil dizer o que é preciso fazer para que elas cheguem na casa dos 90.000”, analisou Sproule. “Elas estão muito perto desse patamar, mas é preciso não deixar dúvida nenhuma para os juízes quando se está tentando romper essa barreira”.