Na manhã do sábado, dia (17/03), o México venceu os Estados Unidos nos pênaltis por três a dois (após empate em três a três no tempo normal e zero a zero na prorrogação) e o Brasil derrotou a Argentina por sete a três, nos jogos da segunda rodada do campeonato, chegando invictos à ‘final’ do domingo, dia 18, a partir das 10h (horário de Brasília), na arena montada no ‘Hot Park’, no complexo Rio Quente Resorts (GO).
Na preliminar, às 8h, Argentina e Estados Unidos decidem o terceiro lugar. Heptacampeão invicto da competição com 18 vitórias em igual número de partidas (03/99/98/97/96/95/94), o Brasil luta pelo oitavo título do torneio, enquanto os mexicanos tentam estragar a festa verde-amarela e conquistar o título inédito. A história do confronto Brasil x México é recente, apenas 16 jogos e 16 vitórias do Brasil, com 122 gols a favor e apenas 38 contra.
Mas não faltam momentos marcantes. Foi diante dos tricolores que o Brasil impôs a maior goleada dos 433 jogos oficiais que disputou até hoje: 23 a três, nas Eliminatórias Conmebol 2005. Dois anos depois, a situação era outra, brasileiros e mexicanos se encontravam na mesma chave da Copa do Mundo FIFA, no Rio de Janeiro, e, depois de uma vitória canarinha por seis a quatro na primeira fase, a Seleção Brasileira venceu o México por oito a dois, na final, em Copacabana.
Depois dos vice-campeonatos na Copa Latina em 2011 e 2010, na mesma arena, chegou a hora de voltar ao topo do pódio. Invicto em 11 partidas em 2012, o Brasil conta com a torcida para vencer os atuais campeões da Concacaf, e conquistar o quinto título na temporada.
"Fico muito feliz com essa volta à Seleção Brasileira. Depois de quase 15 anos jogando, ficar fora quatro meses, parece uma eternidade. Entramos desatentos no primeiro tempo, mas nos recuperamos e conseguimos imprimir um bom ritmo depois. Contra o México é um jogo mais equilibrado e não podemos ter essas desatenções, precisamos brigar por todas as bolas. Estamos preparados, e com todo respeito ao México, somos favoritos amanhã", frisou o camisa 11, Buru, autor de dois gols contra a Argentina.
"Nosso objetivo era fazer a final dessa Copa América contra a Brasil. Vai ser um jogo bastante equilibrado, bem disputado, como uma boa final deve ser", afirmou Robles, o goleiro mexicano.
BRASIL 7 x 3 ARGENTINA
Para chegar à rodada final invicto, o Brasil venceu a Argentina por sete a três (gols de André (dois), Buru (dois), Bruno Malias, Bruno Xavier e Sidney, para os brasileiros, e Medero, Federico Hilaire e Levi, para os argentinos), empurrado pela torcida, que lotou as arquibancadas da ‘Praia do Cerrado’. A Argentina precisava da vitória para manter as chances de lutar pelo título. O Brasil assustou logo no primeiro lance, com André exigindo muito de Salgueiro. A resposta portenha veio com De Ezeyza, que acertou belo chute, com Mão mandando para escanteio. Só que os argentinos pressionavam e Levi, após tabela com Larreta, bateu forte, vencendo o camisa um brasileiro: um a zero, aos 3’03".
A Argentina era melhor. Os hermanos pressionavam e chegaram ao segundo gol com Federico Hilaire, que girou à frente de Anderson e tocou no canto: dois a zero, aos 5’39". O Brasil diminuiu na desatenção da defesa argentina. Bruno Xavier correu para a área e Bruno Malias cobrou o córner rápido na cabeça do xará: dois a um, aos 8’50". O Brasil buscava o segundo gol, o empate, mas o placar não se alterou até o fim do primeiro tempo.
Veio o segundo tempo e o Brasil se mandou ao ataque. E quase empatou quando Buru encheu o pé, aproveitando bom passe de André, aos 2’56", obrigando Salgueiro a fazer grande defesa. E o baixinho Salgueiro cresceu no jogo. Fez excelente defesa em cabeçada à queima-roupa de Sidney e, na sequência, tirou com os pés um chute forte de Jorginho. Estava difícil vencer o camisa 12.
A Argentina atacava pouco, mas aumentou aproveitando cobrança de falta. Medero chutou forte, rasteiro, e ampliou: três a um, aos 3’31". Buru quase marcou em cobrança de falta que parou no travessão. André também carimbou a trave e a bola parecia não querer entrar. Até que Bruno Malias, recebeu a bola e, no meio de dois jogadores, tocou para Sidney, que bateu forte no canto: três a dois, aos 6’21".
O gol acordou o Brasil. Aos 6’59", André, ‘Artilheiro’ da Copa do Mundo FIFA 2011, deu um lindo drible em Franceschini, ajeitou o corpo e tocou na saída de Salgueiro: três a três. A habilidade e a maior categoria dos brasileiros apareceu na triangulação entre Bruno Xavier, André e Bruno Malias, numa bela troca de passes que acabou no chute de Malias: quatro a três, aos 7’57". A virada abalou os argentinos, que não conseguiam mais chegar ao ataque, e a segunda etapa acabou com a Seleção Brasileira em vantagem. E muito, muito sol.
Veio o último tempo e o desgaste pelo calor diminuiu a velocidade da partida. O Brasil tocava a bola sem pressa, pressa que os argentinos tinham para igualar o marcador. Prevaleceu a calma verde-amarela. André, em cobrança de falta do meio do campo, bateu com categoria, sem muita força, para aumentar e dar mais tranquilidade à Seleção Brasileira: cinco a três, aos 5’35".
A Argentina estava batida. Buru, também cobrando falta, ampliou: seis a três, aos 7’02". Buru fez mais um. O defensor, ‘Bola de Ouro’ (‘Melhor Jogador’) da Copa do Mundo FIFA 2007, desarmou Frasceschini e, num chute de quase 30 metros, surpreendeu Mendoza: sete a três, aos 8’15". Restando dois minutos para o término do jogo, o Brasil jogava embalado pelo ‘olé’ que vinha das arquibancadas, irritando os argentinos, que fizeram algumas faltas mais duras.
Mas a vitória já estava garantida em mais uma bela atuação do Brasil, que saiu de um placar adverso de três a um para 7 a 3 e saiu aplaudido de quadra.
"Fizemos um ótimo primeiro tempo, abrimos 2 a 0, mas voltamos a cometer falhas, como contra o México, e isso nos custou os gols. Não se pode bobear diante do Brasil. Vamos tentar manter o foco e sair pelo menos com o terceiro lugar da Copa América", comentou Héctor Petrasso, técnico da Argentina.
México 3 a 2 nos pênaltis
No primeiro jogo do dia, um jogo eletrizante e de muita rivalidade fez com que México e EUA decidissem o vencedor da partida nos pênaltis. Nos três sets e na prorrogação, o placar terminou empatado, em três a três, com gols de Plata, Villalobos e Mosco, para os mexicanos, e Rodriguez e Nunez (duas vezes) para os norte-americanos.
Nas cobranças de pênaltis, a estrela do goleiro mexicano Hector Robles brilhou mais, e com duas lindas defesas, garantiu a segunda vitória do México na competição. "A partida foi de muita disputa e equilibrada, e a rivalidade México-EUA ajudou muito nisso. Fico muito feliz de ter sido decisivo nos pênaltis e de ter contribuído para mais uma vitória do México".
O capitão norte-americano Farberoff, um dos destaques do time dos EUA, ora jogando, ora ajudando a orientar o time de fora, já que o técnico da equipe, Eddie Soto, cumpriu suspensão pela expulsão no jogo de estreia, contra o México, elogiou a melhora na equipe, que na estreia havia perdido por 12 a 4 para o Brasil. "Nosso time jogou muito bem hoje, e mais motivado por conta da nossa rivalidade contra o México. No jogo contra o Brasil, os mais jovens queriam correr e atacar o tempo inteiro, dando espaços para o contra-ataque brasileiro. Hoje, tivemos mais paciência com a bola nos pés".
Copa América de Beach Soccer
De 16 a 18 de março, no Rio Quente Resorts
BRASIL
GOLEIROS: Mão (Corinthians-SP) e Leandro Fanta (Botafogo-RJ)
DEFENSORES: Buru (Santos-SP), Souza (Corinthians-SP) e Fernando DDI (Corinthians-SP)
ALAS: Anderson (Corinthians-SP), Bruno Xavier (Vasco da Gama-RJ), Sidney (Botafogo-RJ) e Datinha (Sampaio Correa-MA)
ATACANTES: André (Corinthians-SP), Bruno Malias (Santos-SP) e Jorginho (Vasco da Gama-RJ)
TÉCNICO: Guga Zloccowick
ARGENTINA
GOLEIROS: Mendoza e Salgueiro
DEFENSORES: Franceschini, Galván e Medero
ATACANTES: Rodríguez, De Ezeyza, Vivas, Federico Hilaire e Levi
TÉCNICO: Francisco Petrasso
ESTADOS UNIDOS
GOLEIROS: McAndrews e Toth
DEFENSORES: Astorga, Farberoff, Spitz e Rodriguez
ATACANTES: Gil, Lawler, Leopoldo, Nunez, Reyes e Xexeo
TÉCNICO: Eddie Soto
MÉXICO
GOLEIROS: Robles e Muñoz
DEFENSORES: Rodriguez, Pichardo, Cati e Mosco
ATACANTES: Fierros, Flores, G.Lopez, H.Lopez, Plata e Villalobos
TÉCNICO: Ramón Raya
Tabela de Jogos
Dia 16 (sexta)
1º jogo: México 6 x 2 Argentina
2º jogo: Brasil 12 x 4 EUA
Dia 17 (sábado)
México 3 x 3 EUA (3 a 2 México nos pênaltis)
Brasil 7 x 3 Argentina
Dia 18 (domingo)
EUA x Argentina - 8h (horário de Brasília)
Brasil x México - 10h (horário de Brasília)