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Luís Alberto conquista índice olímpico no decatlo

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Luís Alberto Cardoso de Araújo é mais um atleta do Clube BM&FBOVESPA a conquistar índice para disputar a Olimpíada de Londres. No sábado, no Troféu Brasil, o decatleta somou 8.276 pontos para bater, ainda, o recorde brasileiro e o recorde sul-americano, que pertenciam a Pedro Ferreira da Silva, com 8.266 pontos, desde 1989, dois meses antes do nascimento de Luís Alberto. O segundo colocado na prova foi Anderson Venâncio, com 7.619 pontos, para formar a dobradinha do Clube no pódio. O bronze foi para Ivan Scoffaro da Silva (Asa São Bernardo), com 7.439. A marca de Luís Alberto é a 12ª do mundo este ano.

"Decatlo é isso, é acreditar", disse Luís Alberto. "Para a última prova, os 1.500 m, meu treinador, o Edemar Alves, disse que teria de correr em 4min29 para conseguir o índice - minha melhor marca até hoje era 4min32. Mas eu vi que estava bem na prova e acreditei", prosseguiu. "Para mim, conquistar o índice era uma coisa possível, mas no decatlo sempre é preciso contar com o segundo dia. É uma emoção muito grande."

O técnico Edemar Alves comemorou a quebra do recorde sul-americano. "Sempre esperei que ele batesse a marca do Pedro Ferreira no decatlo. Eu achava que ele estava pronto, acompanhando os resultados das competições e dos treinos. Mas faltava encontrar a competição certa, o clima certo. O índice era o objetivo e o recorde vem como prêmio pelo trabalho que ele vem fazendo", disse Edemar, observando que as duas últimas participações de decatletas brasileiros nos Jogos foram com Pedro Ferreira, em Barcelona/1992, e Carlos Chinin, em Pequim/2008 - nenhum dos dois completou a prova.

Agora, Edemar vai se preocupar com o planejamento para Londres. "Como ele ainda não tinha índice, não havíamos planejado nada", disse o treinador, que já está pensando em passar duas ou três semanas de preparação no Crystal Palace. "Para nós, é mais conveniente ficar em Londres. O transporte das varas para o salto é sempre um problema."

Luís Alberto espera chegar bem a Londres. "Na Olimpíada, as séries são definidas pelo ranking. Como a minha colocação é boa no mundo, vou pegar séries fortes. Mas acho que isso vai me ajudar a competir bem."

Coleção de títulos

Ronald Julião conquistou seu oitavo título brasileiro do lançamento do disco neste sábado (30/6), na pista do Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera. Com a marca de 63,13 m, o atleta também melhorou seu próprio recorde do Troféu Brasil - a marca anterior era 62,45 m. "Vibrei muito porque voltei a fazer o índice B da IAAF para Londres", disse o atleta.

No início do ano, Ronald fez o índice em uma competição nos Estados Unidos. Depois, em maio, no GP do Brasil, no Rio, alcançou o índice A, com 65,41 m. Agora, voltou a conseguir o índice B. "Estou muito animado por estar competindo tão bem perto da Olimpíada", afirmou o atleta, que vai levar o lançamento do disco do Brasil de volta aos Jogos depois de uma ausência de 88 anos - a última participação foi em Paris/1924.

"Na Olimpíada, a expectativa é lançar 66,50 m. Assim, quebro o recorde sul-americano, que é de 66,32 m, e consigo entrar na final. Aí, começa tudo de novo, vale para todos", disse Ronald acrescentando que está esperando a confirmação de convite para duas competições na Europa, antes dos Jogos.

Jucilene Sales de Lima, do lançamento do dardo, vibrou muito com a conquista de seu primeiro título brasileiro, com 57,85 m, a melhor marca de sua carreira. "Estou extremamente feliz. Depois de cinco vice-campeonatos, consegui o primeiro ouro", disse a lançadora do Clube, treinada por João Paulo Alves da Cunha. "Venho tentando retomar o meu melhor desde que me recuperei de uma lesão nas costas que sofri em 2011. Graças a Deus tudo deu certo. Estou treinando bem, minhas marcas evoluíram e agora sou campeã brasileira!" Rafaela Gonçalves levou a medalha de bronze, com 51,41 m. Laila Ferer e Silva (Pinheiros) ficou com a prata (55,29 m).

Valdiléia Martins foi a vencedora do salto em altura, única final disputada na manhã do sábado (30/6). Valdiléia saltou 1,84 m, apenas um centímetro abaixo de sua melhor marca. Em segundo ficou Aline Santos, com 1,84 m (marca obtida na segunda tentativa). Daniela Mieko Nisimura (Brasil/FC Fupes), com 1,78 m, completou o pódio. "Cheguei a tentar 1,87 m, mas não passei. Foi uma prova bem disputada e fiquei muito feliz pelo meu primeiro ouro no Troféu Brasil. Já liderei o ranking nacional, ganhei Pan-Americano e ainda não tinha um ouro no Troféu. Foi muito bom", comemorou.