O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA sai do Mundial de Moscou, na Rússia, com participação em seis das oito finais que contaram com a presença de brasileiros. Fabiana Murer e Augusto Dutra, no salto com vara, Carlos Chinin, no decatlo, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, no salto em distância, Wagner Cardoso, no revezamento 4x400 m, e Ana Cláudia Lemos Silva, no revezamento 4x100 m, são os atletas do Clube que tiveram bom desempenho no Estádio Olímpico de Moscou. O Brasil também foi bem na maratona, com o sexto lugar de Solonei Rocha da Silva e o sétimo de Paulo Roberto de Almeida Paula - chegaram juntos, de mãos dadas - e nos 400 m, com Anderson Henriques.
Neste domingo (18/8), último dia de competições, o revezamento 4x100 m do Brasil, com Ana Cláudia na equipe - mais Evelyn Santos, Franciela Krasucki e Rosângela Santos -, marcou 42s29, nas semifinais, para estabelecer o novo recorde sul-americano da prova, passando para a final com o quarto tempo das eliminatórias. O recorde anterior, 42s55, era dos Jogos Olímpicos de Londres/2012. Na decisão de medalhas, com Vanda Gomes no lugar de Rosângela, um erro na passagem do bastão tirou das brasileiras a chance de ir ao pódio.
Na final, a Jamaica, liderada por Shelly-Ann Fraser-Pryce, ganhou a medalha de ouro, com 41s29, novo recorde do campeonato. A França ficou com a prata, com o tempo de 42s73, seguida dos Estados Unidos, com 42s75.
"Não dá para explicar", disse Ana Cláudia, após a prova. "Treinamos para isso, estamos há mais de um mês na Europa treinando para isso. Peço desculpas a quem ficou no Brasil torcendo por nós. O sonho agora ficou para o Mundial de 2015, para a Olimpíada do Rio. De minha parte, vou me empenhar para dar o meu melhor no próximo revezamento."
Para Ricardo D'Angelo, treinador-chefe da delegação brasileira e técnico-chefe do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, faltou uma medalha no Mundial, que poderia ter vindo com o revezamento 4x100 m, mas o desempenho do Brasil foi melhor do que em outros Mundiais. "Nunca tínhamos passado para tantas finais. Tivemos dois quintos lugares, dois sextos, dois sétimos, um oitavo e um 11º. E o Mundial serviu para termos uma ideia de em qual projeto investir, de qual modalidade trabalhar para, até 2016, trazer resultados de medalhas para o Brasil."
O Clube no Mundial
No salto com vara, Fabiana Murer terminou na quinta colocação, com 4,65 m. Augusto Dutra, que foi à final já em seu primeiro Mundial, terminou em 11º, com 5,65 m. Duda foi quinto no salto em distância, com 8,24, mantendo sua média na temporada. No decatlo, Carlos Chinin conquistou a sexta colocação, com 8.388 pontos, muito próximo de sua melhor marca no ano e recorde sul-americano, de 8.393 pontos.
Wagner Cardoso ajudou a equipe do revezamento 4x400 m - que ainda teve Pedro Burmann, Anderson Henriques e Hugo Balduíno de Souza - a levar o País para a final depois de mais de uma década. O grupo marcou 3min02s19, para terminar na sétima colocação.