Valeu a experiência! Numa disputa acirrada, disputada onda a onda, Magno Pacheco, o Tim, sagrou-se no domingo (8/9) o “supercampeão” do Rip Curl Guarujaense de Surf. O título especial foi comemorado na 3ª e última etapa do Circuito, na Praia do Tombo, e realizada numa bateria envolvendo os campeões municipais da temporada. Como prêmio, o atleta levou para a casa uma moto 0 km e, para valorizar ainda mais a conquista, ele teve como grande rival o bicampeão brasileiro profissional e ex-integrante do WCT, Jojó de Olivença.
Após duas etapas em locais diferentes – as praias do Pernambuco e de Pitangueiras, a decisão do Rip Curl Guarujaense foi realizada na Praia do Tombo. Além de Magno, também campeão da open, e Jojó, que faturou a master, o Circuito conheceu seus campeões. Um dos grandes destaques foi Guilherme Silva, faturando a júnior e a mirim. Também comemoraram os títulos, Giovani Pontes, na iniciante, Eduardo Motta, na estreante, a carioca Kayane Reis, na feminina, e Adriano Lima, na longboard.
A bateria que definiu o supercampeão do Rip Curl Guarujaense começou embolada, com Jojó de Olivença na frente, abrindo com um 7,83, e Magno Pacheco na cola, até que o grande campeão acertou um belo aéreo, com uma nota 6,63 e os juízes anotaram interferência do principal concorrente ao título, com a penalidade dificultando as chances de uma virada.
No final, o resultado foi apertado, com uma vantagem de apenas 1,18 ponto – 11,73 a 10,55. Vale destacar que se não tivesse cometido a interferência, Jojó levaria o caneco, somando 13,26.
“Quando a gente está atrás na bateria existe a provocação da interferência, então optei por essa estratégia e deu certo. Estou muito feliz por ter superado o Jojó, um cara mega campeão. Agora é focar no Paulista Universitário e no Paulista Profissional”, comemorou Magno.
O surfista de 24 anos já conquistou o título de supercampeão em 2006 e outros cinco troféus do Guarujaense. Em 2013, Magno já comemorou o lugar mais alto do pódio no o A Tribuna Surf Colegial, na categoria universitária, e no o Campeonato Brasileiro Universitário. “Gostaria de agradecer a todos pelos meus títulos, aos meus patrocinadores e ao Colégio Don Domênico, onde faço faculdade”, disse.
Na etapa, dois surfistas fizeram bonito. Vitor Mendes, levando a vitória da mirim, com direito à maior somatória do evento, 14,80 pontos de 20 possíveis, e Gabriel André, vencedor da júnior. Os dois atletas, inclusive, venceram as duas vezes que disputaram em suas categorias, mas ficaram fora das brigas pelos títulos, por não terem competido nas três etapas. Vitor ainda mostrou serviço sendo o segundo na júnior.
Eduardo Motta também fez bonito, faturando o tricampeonato em sua categoria e sendo vice na iniciante. Já Kayane Reis foi a única a garantir 100% de aproveitamento nas três etapas. Outro nome que despontou foi o guarujaense Guilherme Silva. Em busca de um patrocínio para se manter nas competições, o surfista de 16 anos conquistou dois títulos, ficando à frente de nomes de ponta.
“Estou bastante feliz, queria ter sido campeão hoje, nas baterias, mas posso comemorar muito. Eu tinha um sonho de criança, que era ser campeão do Guarujaense, e hoje eu posso dizer que meu sonho está realizado, ainda mais em duas categorias”, revelou, lembrando da necessidade de um apoio para a carreira. “Todo surfista precisa de um patrocínio. Eu tento mostrar meu trabalho para conseguir um e seguir nas competições, espero que esses bons resultados possam me dar mais visibilidade”, completou.
Já Vitor Mendes, com 14.80 pontos, com direito a um 8,5, assegurou a melhor atuação do domingo e comemorou a vitória da terceira etapa da mirim. “Não consegui o título geral, mas estou muito feliz pela atuação. Venho treinado muitos aéreos e isso deu resultado aqui hoje”, afirmou.
Enquanto isso, Gabriel André, na júnior, também fez bonito para superar Vitor Mendes e ficar com o primeiro troféu após acertar o novo patrocínio com a Rip Curl e rede de lojas Sthill. “Foi uma bateria muito disputada, até o fim, com o Vitor. Fico feliz por ter conseguido vencer, acertei ótimas manobras e consegui ficar em primeiro. Uma hora ali eu deixei escapar uma onda, mas em seguida corri atrás de passei ele”, comemorou o surfista de 16 anos.
As decisões do campeonato foram abertas com os surfistas da estreante caindo na água da Praia do Tombo. O campeão, Eduardo Motta, não teve trabalho e liderou a bateria de ponta a ponta, com muita segurança, para levantar pela terceira vez o troféu de campeão Guarujaense.
“Consegui pegar altas direitas, graças a Deus sou tricampeão. Estou feliz demais, esse ano estou muito bem, mas quero melhorar sempre. Espero continuar assim e vou lutar por mais títulos, vou fazer de tudo”, planejou o surfista, também líder do Circuito Paulista na estreante.
Em seguida, foi a vez das surfistas da categoria feminina entraram no mar. Com o título assegurado, a carioca Kayane Reis garantiu os 100% de aproveitamento sem dar chances para as adversárias neste domingo. “Tenho treinado muito, todos os dias. Esse é o resultado. Estou sem patrocínio, acho que as vitórias me dão visibilidade”, afirmou.
Se na feminina a disputa não foi tão acirrada, na iniciante o que não faltou foi emoção. E apesar de ter ficado com a segunda colocação na terceira etapa, atrás de Eduardo Motta, Giovani Pontes garantiu o primeiro no ranking geral. “Eu queria ter levado a bateria também, mas infelizmente não deu. Mas estou muito feliz por ter ficado com o primeiro lugar, na frente do meu amigo Eduardo Motta”, comemorou o jovem atleta.
Na sequência, a juventude deu lugar à experiência dos surfistas de longboard, os famosos pranchões. Mantendo os bons resultados nas outras duas baterias, o aniversariante do dia, Adriano Lima, venceu a decisão e ficou com o bicampeonato geral, sem grandes dificuldades.
“Durante a etapa, o Luan Xavier me passou, mas em seguida recuperei e consegui manter até o fim. Ano passado já havia sido campeão e hoje, no dia do meu aniversário, esse é meu grande presente. Estou muito feliz”, contou.
Mantendo experiência dentro d’água, os surfistas da categoria master também fizeram bonito, mas o campeão não deu chance aos adversários. Desde o início da disputa, Jojó de Olivença, com participação em WCT e o bicampeonato brasileiro profissional, teve que enfrentar a própria ansiedade para sair com o título.
“A bateria é muito rápida, eu não sou muito calmo”, brincou, mas contou o segredo para superar isso. “Eu preciso me concentrar bem e não querer pegar todas as ondas, mas preciso ficar espero para não deixar o tempo passar”, completou, além de elogiar o Rip Curl Guarujaense. “O campeonato é muito bom, competitivo, muito difícil. Todos estão de parabéns”, finalizou Jojó.
A última categoria a entrar no mar da Praia do Tombo foi a open. Também sem grandes dificuldades proporcionadas pelos adversários, Magno Pacheco liderou de ponta a ponta para levantar o troféu da etapa e no geral. “É muito bom ser campeão. Sabia que precisava ficar em primeiro para ganhar e consegui, estou muito feliz”, disse.
BALANÇO – Para a Rip Curl, patrocinadora do Circuito há cinco anos, o balanço foi positivo. O CEO da marca no Brasil, Felipe Silveira, ressaltou a parceria de sucesso com a Associação de Surf do Guarujá. “Quando mudamos a nossa sede para o Guarujá, tínhamos em mente que precisávamos estar próximos à comunidade, fazer algo para aproximar a marca de todos. Achamos que este patrocínio seria a melhor forma para fazer isso, e deu certo. Hoje, o campeonato é um marco, conhecido por todos os surfistas da Cidade”, afirmou.
“Em cinco anos, tivemos grandes eventos. Além dos surfistas, damos oportunidade também aos juízes, à toda a galera que trabalha aqui. Então é uma boa forma de nos aproximarmos de todos. Além disso, promovemos ações sociais e de sustentabilidade, colaborando diretamente com entidades de Guarujá”, finalizou Felipe.
FORA D’ÁGUA - Enquanto os surfistas faziam bonito nas ondas do Tombo, a Rip Curl mostrava preocupação social nas areias da praia. No sábado, foram distribuídas mudas de goiabeira, pitangueira e palmito-juçara, em parceria com o Núcleo de Informação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Guarujá. O público também recebeu exemplares da revista Hardcore. Além disso, os alimentos arrecadados no ato da inscrição dos atletas foram doados ao Centro de Recuperação de Paralisia Infantil e Cerebral (CRPI).