A velocista Ana Cláudia Lemos da Silva é agora a mulher mais rápida do continente também nos 200 m rasos. Ana, de 22 anos, que já havia batido o recorde sul-americano dos 100 m, estabeleceu, neste sábado (6/8), nova marca sul-americana para os 200 m, com 22s48 (vento de 1.0 m/s), nas semifinais da distância, no Troféu Brasil de Atletismo, na pista do Ibirapuera, em São Paulo. "Estou muito feliz pela marca, pelo recorde e pelos índices. Sabia que podia conseguir um bom resultado e saiu na semifinal", comentou Ana.
Ao cruzar a linha de chegada Ana Cláudia deitou, beijou a pista do Ibirapuera e agradeceu a Deus. Com o resultado, Ana Cláudia quebrou o recorde sul-americano que tinha 12 anos. Pertencia a sua companheira do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA Lucimar Moura, de 22s60, feito em 26 de junho de 1999, em Bogotá, na Colômbia. A marca também é inferior aos índices determinados para o Mundial de Daegu (22s82), de 27 de agosto a 4 de setembro, e para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (22s69), em outubro.
"É muito bom saber que o meu trabalho com o técnico Katsuhico Nakaya está dando certo. Ainda quero fazer um grande resultado na final deste domingo (7/8), mas já estou bem feliz", disse Ana. Sobre ser agora a recordista sul-americana dos 100 m e dos 200 m, Ana disse que "tinha de agradecer a Deus - sem ele eu não sou nada -, ao técnico Nakaya e ao Clube". Disse que estava esperando baixar a marca nos 200 m porque tem treinado muito bem. "Mas a gente nunca sabe se vai sair. Nos 100 m, eu também queria o recorde, mas acabei correndo 11s34 (na final, na semi fez 11s31). Nos 200 m não coloquei metas, mas acabou saindo", comentou, lembrando que os 200 m são uma prova bem difícil mesmo estando bem treinada. "É uma prova que dói."
Ana, que já ganhou ouro nos 100 m e no revezamento 4x100 m, volta à pista de atletismo do Ibirapuera neste domingo (7/8), às 10h20, para a final dos 200 m e a disputa por mais uma medalha para o Clube de Atletismo BM&FBOVESPA.
