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As canoas havaianas na Volta da Ilha de Sto Amaro

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Um dos principais nomes das canoas havaianas no Brasil, o santista Celso Filetti enfrenta um de seus principais desafios na modalidade nestes sábado e domingo (10 e 11) na Volta da Ilha de Santo Amaro. A prova será realizada nas categorias individuais e duplas com 80 km de percurso, divididos em quatro “pernas”, duas no mar no sábado e duas no Canal de Bertioga e Porto de Santos, no domingo. 

Atual pentacampeão sul-americano, brasileiro e paulista master individual, Filetti competirá na prova de OC1, apelidada de Rei dos Mares. “Será um desafio físico e mental, principalmente. Estou com essa dupla em ordem. A mente manda no corpo. Tem de ter equilíbrio, sobretudo na hora que junta fadiga, dor, câimbra, hipertermia, desidratação. É uma prova complexa, aonde você vai até o limite. Mas está tudo harmonizado e vou remar forte as quatro pernas”, afirma o atleta.

Vindo de grandes vitórias no Paulista, em Peruíbe, ele diz estar preparado para completar todo o trajeto. “Vou para tentar o primeiro da master e, se der, da open. A expectativa é de não quebrar e remar forte nas quatro pernas”, adianta o atleta.

Para ele, as disputas consideradas mais duras para a maioria, realizadas no mar, são as preferidas. “As quatro pernas tem seus prós e contras. Gosto de remar no mar revolto. Mar ruim para mim é o melhor. As duas pernas de domingo são mais difíceis, a última é a maior e se a correnteza estiver contra fica pior”, relata.

Esta será a primeira vez que Filetti disputará todo o percurso. Na primeira edição, ele venceu a prova, em parceria com Alex Levorim, cada um remando duas etapas. “Agora será duro. Maior desafio será vencer a hipertermia, não deixar a temperatura corpórea passar de 40 graus, pois remando no sol forte é comum, e fazer hidratação sem parar de remar”, ressalta.

Aos 47 anos de idade, Celso Filetti é um dos maiores entusiastas da canoa havaiana no Brasil e um grande competidor. Divide seu tempo entre os treinos diários (com chuva ou sol), família e o trabalho de veterinário. “E agora a pós-graduação em ultrassonografia de pequenos animais. Mas nunca deixo de remar. É minha terapia”, destaca o canoísta, que foi destaque no Paulista, em Peruíbe, garantindo quatro ouros, três na master, mostrando seguir imbatível entre os mais experientes.

“Pensei que minha fase já tinha passado, que já estava mais para segundo ou terceiro, do que para primeiro, porém, me superei”, comemora o atleta, que além dos pódios, foi homenageado com o troféu “Amigo da Canoa Havaiana”, por todo o seu apoio ao esporte. “Foi emocionante esse reconhecimento. Fiquei contente. Foi um incentivo a mais”, lembra.