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Dinamarca bate Japão no Mundial-F de Handebol

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No primeiro jogo com prorrogação do Mundial Feminino de Handebol, não faltou emoção. Melhor para a Dinamarca, que superou as japonesas por 23 a 22 no tempo extra (11 a 9 para o Japão no intervalo e 19 a 19 no fim do tempo regulamentar). Com a vitória, as dinamarquesas vão enfrentar Angola, quarta-feira (14), pelas quartas de final. O Japão está eliminado.

Classificada em primeiro lugar no Grupo D, a Dinamarca jogou da forma habitual: com marcação forte e tiros certeiros da linha de 9m. Mas o que deu certo contra Suécia, Costa do Marfim, Croácia, Uruguai e Argentina não funcionou tão bem contra as japonesas. Fortes na defesa e muito velozes nos contra-ataques, as asiáticas surpreenderam. O jogo foi equilibrado, mas o Japão se manteve à frente do placar a maior parte do tempo.

Nervosas, as dinamarquesas cometeram muitos erros de ataque e possibilitaram ao rival abrir três gols de diferença aos 23 minutos do segundo tempo. Aí começou a reação. Com atuação decisiva da goleira Christina Pedersen, que defendeu um tiro de 7m, a vantagem japonesa era de apenas um gol cinco minutos depois. No último segundo, as europeias foram premiadas com um tiro de 7m convertido por Ann Grete Norgaard.

Empolgadas, as escandinavas entraram mais confiantes na prorrogação e venceram de forma dramática. "Estou feliz com minha atuação hoje. Foi um jogo muito difícil para nós", disse Pedersen, que evitou no último segundo o empate japonês em um tiro de Yuko Arihama. "O Japão joga um tipo de handebol mais rápido, diferente do que estamos acostumadas. Ficamos nervosas, sim, mas nos adaptamos ao longo da partida", disse a armadora-esquerda Trine Troelsen.

O técnico Jan Pytlick destacou a juventude da equipe. "Nosso time perdeu oito jogadoras importantes antes do Mundial (sete lesionadas e uma que se aposentou), mas jogamos bem. Tivemos problemas no ataque e sofremos pressão na defesa", afirmou. "O time ficou nervoso, porque o jogo valia vaga para o Pré-Olímpico. Agora, temos de nos concentrar para enfrentar Angola, que será um adversário ainda mais difícil", aposta.

O técnico do Japão, o coreano Kyungyoung Hwang, reconheceu o esforço de suas jogadoras. "Elas fizeram um jogo fantástico. Isso é importante para o futuro, para os Jogos Olímpicos", comentou. Se tivesse vencido, o time japonês teria conquistado um resultado histórico. Desde 1975 a equipe não fica entre as dez primeiras num campeonato Mundial.