Um pouco antes das semifinais dos 200m medley, na noite desta segunda-feira, 30 de julho, no Centro Aquático dos Jogos Olímpicos Londres 2012, Joanna Maranhão viu um grupo de nadadoras conversando. De repente, se deu conta de que elas a estavam chamando para o papo. “Nessa hora eu pensei: ‘eu voltei!’”, contou.
Joanna, que foi quinta colocada em Atenas (2004) nos 400m medley, melhor resultado de uma nadadora brasileira até hoje em Jogos Olímpicos, não vai para a final. Fez o 15º tempo, 2min14s74. Mas encarou a participação como um retorno à elite. “Foi muito bom me sentir parte desse meio de novo. Há muito tempo eu não estava num balizamento com as melhores, desde o Mundial de 2005. Estou chegando de novo, estou brigando. De um ano para cá, senti minha evolução”, disse.
Joanna foi da tristeza à alegria em dois dias. No sábado, 28 de julho, sentiu um mal-estar algumas horas antes de sua prova principal, os 400m medley, caiu, bateu a cabeça e não pôde competir. A volta por cima de hoje a deixou pensando no futuro, especialmente nos Jogos do Rio, em 2016, quando estará com 29 anos. “Eu queria ter feito 2 minutos e 13, já treino até para 2 minutos e 12. Por isso sei que posso dar mais. E eu quero buscar, nos próximos anos, o quanto eu posso dar. Eu quero descobrir”, afirmou.
Nesta terça-feira, 31 de julho, Joanna volta à piscina para a prova classificatória dos 200m borboleta. “A mentalidade é a mesma da prova de hoje. Fazer o melhor dentro que treinei. Quem vai ficar atrás de mim e quem estará à frente não importa nesse momento”, ponderou.
