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A 3ª etapa da Copa Suzuki no Yacht Club de Ilhabela

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Competição obrigatória no calendário dos maiores velejadores do oceano, a Copa Suzuki Jimny chega à sua terceira etapa no Yacht Club de Ilhabela (YCI) reunindo mais de 40 barcos nas classes ORC, RGS, HPE, C30 e M24.5. Destaques da modalidade, como o medalhista olímpico e tricampeão mundial da Star, Bruno Prada, e Maurício Santa Cruz, tetracampeão mundial de J/24, na quinta-feira (20), em Rochester (EUA), já confirmaram presença nas regatas que começam neste sábado (22), a partir das 12h. A previsão para o fim de semana no litoral norte paulista é de ventos variando de 8 a 12 nós e temperatura na casa dos 18 graus. Outra novidade é o Desafio SER Glass de Vela, que reunirá pilotos da Stock Car, como Cacá Bueno, líder da temporada 2012 da categoria. Os especialistas em bólidos terão a experiência de ‘guiar’ um HPE nesta sexta-feira (21).

O Circuito de Vela Oceânica é um dos mais fortes da América Latina e sua importância traz nomes de peso às águas de Ilhabela, que se misturam aos novos integrantes da modalidade nas cinco categorias. E, em todas as classes, após duas etapas, a tabela de classificação não aponta ninguém tão disparado na liderança.

A HPE, a mais equilibrada do ano, conta com maior número de veleiros entre as classes que não precisam de rating na raia. Na disputa, pelo menos cinco veleiros podem lutar pela liderança provisória nas provas que terminam no domingo (30). SER Glass Eternity (Bruno Prada), Jimny/Take Ashauer (Marcos Ashauer), SX 4/Bond Girl (Rique Wanderley), Ginga (Breno Chvaicer) e Repeteco (Fernando Haaland) têm bom aproveitamento.

"Depois da campanha olímpica, iniciei os treinos na Finn e nunca deixo o HPE de lado. No oceano, sempre disputo regatas na HPE, uma classe que tem tudo para atrair os melhores velejadores. É possível atletas olímpicos competirem ao lado de quem está começando", conta Bruno Prada. O nome da classe é High Performance Equipment. Os barcos de 25 pés e 1.250 quilos caíram no gosto dos principais velejadores do País, como Maurício Santa Cruz, Rique Wanderley, Manfred Kaufman e outros mais. Com design único, o HPE é um dos mais rápidos e competitivos do mercado. Um custo de produção razoável (média de R$ 130 mil por unidade) garante uma padronização de alta qualidade. E a organização da classe favorece a competitividade e o crescimento do número de competidores.

Na C30, classe 100% brasileira, o primeiro colocado é o Barracuda/Matrix (Humberto Diniz). Mas, o favorito Loyal (Marcelo Massa) promote conquistar a ponta. A categoria foi projetada por Horácio Carabelli, um dos maiores nomes da modalidade no País. Idealizada por um grupo de empresários de São Paulo, o Carabelli 30, como o nome já diz, tem 30 pés e é produzido no polo industrial de São José dos Campos (SP). O design é de alta performance, assim como no HPE, mas seu valor é bem maior: cerca de R$ 350 mil por unidade. Porém, a alta tecnologia empregada é um diferencial do C30: quilha de fibra e leme de carbono, bulbo em chumbo, peso máximo de 1.900 quilos, casco em fibra de vidro e vem com motor de centro e rabeta rebatível. A embarcação comporta sete tripulantes.

ORC e RGS, equilíbrio e raia cheia - A ORC ou Offshore Racing Council é uma regra internacional, reconhecida pela ISAF, com grande quantidade de participantes em todo do mundo. Este ano, no Mundial na Finlândia, mais de 150 barcos de dezenas de países mediram forças. O que chama atenção são os certificados e a fórmula sofisticada de medição, que leva em conta quase todos os parâmetros que afetam a velocidade.

A ORC tem em São Paulo, entre os barcos maiores, representantes de peso, como o Tomgape (Ernesto Breda) e Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva), que brigam pelo título da Copa Suzuki Jimny. Na divisão abaixo de 30 pés, Sextante (Thomas Leomil Shaw) lidera, mas o Zeppa (Diego Zaragoza) e o Mashallah (Guillermo Henderson) estão bem na tabela.

Com regra simples, a RGS é sempre a maior da flotilha na maioria dos campeonatos de oceano no Brasil. São quatro subdivisões para garantir resultados ainda mais justos: A, B, C e Cruiser. É preciso uma fórmula para apontar o vencedor, ou seja, o coeficiente de cada barco é multiplicado pelo tempo de regata corrido. O TMF (fator de multiplicação de tempo) define os padrões dos barcos. A sua vantagem é, por um lado, a medição fácil, pois a regra, mais simples, utiliza poucos parâmetros. Por outro, há a facilidade de se calcular o resultado com uma simples multiplicação. Os veleiros da RGS-A são os maiores, acima de 34 pés. Os da B são os médios (de 29 a 34 pés) e os da C, os pequenos, têm no máximo 28 pés. Já os Cruiser são literalmente barcos de cruzeiro que correm regatas.

Na Copa Suzuki Jimny, o Fram (Felipe Aidar) lidera a subdivisão A. Na B, a melhor média é do Nomad (Márcio Dottori). E na C destaque para a briga entre Ariel (Luis Pimenta) e Rainha (Leonardo Pacheco). Já na BRA RGS Cruiser, após 11 regatas e dois descartes, o Hélios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) tem 100% de aproveitamento.

Desenvolvido pelos argentinos do estaleiro Astilleros del Sur e projetado por Pablo Mastracchio, o M24.5 é um one-design muito rápido, que pode ser usado perfeitamente para navegação de cruzeiro. Há até banheiro e acomodações, mesmo com tamanho reduzido (7,20m).

O veleiro desloca 1.400 quilos e a área velica é de 28m², velejando com quatro tripulantes. A classe está em franco crescimento no Chile e na Argentina e em processo de introdução no Brasil. O barco corre como monotipo ou na ORC 700 no Brasil. Na Argentina e Chile, vem correndo com sucesso também na PHRF e na IRC.

As inscrições para a Copa Suzuki Jimny estão abertas e podem ser feitas no YCI nos dias 21 e 22 de setembro de 2012, na secretaria do evento, com valor de R$ 80,00 por tripulante (exceto mirim, que é isento).

YCI, estrutura diferenciada - O Yacht Club de Ilhabela será o palco dessa competição e, mais uma vez, oferece estrutura diferenciada para os participantes. Local de importantes eventos como a Rolex Ilhabela Sailing Week, maior da América Latina, o YCI dá oportunidade de interação entre os principais velejadores da região, tanto das classes de rating quanto nas de monotipo.

"Permitimos que os velejadores ‘normais’ se encontrem e se comparem entre si aos melhores de sua modalidade. Todos podem participar, testar suas habilidades e conhecer algum de seus ídolos esportivos nas raias de Ilhabela. A Copa Suzuki Jimny é mais um exemplo, já que tem a maior flotilha de oceano do estado reunida", conta o novo diretor de vela do YCI, Carlos Eduardo Souza e Silva, o ‘Kalu’.

Desafio SER Glass - O Desafio SER Glass é uma ação inédita, que reunirá num mesmo dia automobilismo e vela. Nesta sexta-feira (21), véspera da abertura da terceira etapa da Copa Suzuki Jimny, pilotos como Cacá Bueno, líder da temporada na Stock Car, disputarão uma prova totalmente diferente do que costumam correr pelos autódromos nacionais. Eles irão participar de uma regata com os tripulantes dos barcos da HPE que estão nas três primeiras posições no campeonato: SER Glass Eternity o Jimny/Take Ashauer e o SX4/Bond Girl, e o SER Glass 10 Anos, que está em sétimo. Bruno Prada, medalhista de bronze na classe Star nos Jogos de Londres/2012, comandará um dos barcos.

A ideia do evento é juntar os dois esportes patrocinados pela SER Glass, fabricante de vidros blindados, sem deixar de lado o espírito competitivo dos atletas. Além de Cacá Bueno, Patrick Gonçalvez, também da Stock Car, Vitor Genz, líder da Mini Challenge e Fabio Viscardi, da Porsche, são os outros pilotos que enfrentarão o Desafio. Cada piloto estará em um barco. .

Resultados da Copa Suzuki Jimny - após duas etapas:

ORC - após 11 regatas e dois descartes
1º - Tomgape (Ernesto Breda) - 9 pontos perdidos
2º - Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) - 25 pp
3º - Tembó Guaçu (André Omati) - 28 pp
ORC 30 pés - após 9 regatas e dois descartes
1º - Sextante (Thomas Leomil Shaw) - 7 pp
2º - Zeppa (Diego Zaragoza) - 19 pp
3º - Mashallah (Guillermo Henderson) - 19 pp

HPE - após 16 regatas e dois descartes
1º - SER Glass Eternity (Marcelo Bellotti) - 57 pp
2º - Jimny/Take Ashauer (Marcos Ashauer) - 57 pp
3º - SX 4/Bond Girl (Rique Wanderley) - 58 pp
4º - Ginga (Breno Chvaicer) - 64 pp
5º - Repeteco (Fernando Haaland) - 82 pp

C30 - após 12 regatas
1º - Barracuda/Matrix (Humberto Diniz) - 20 pp
2º - Loyal (Marcelo Massa) - 24 pp
3º - +Realizado (José Apud) - 28 pp

RGS-A - após 11 regatas e dois descartes
1º - Fram (Felipe Aidar) - 14 pp
2º - BL3 (Clauberto Andrade) - 23 pp
3º - Inaê Transbrasa (Bayard Umbuzeiro) - 28 pp

RGS-B - após 11 regatas e dois descartes
1º - Nomad (Márcio Dottori) - 12 pp
2º - Asbar II (Sérgio Keplacz) - 23 pp
3º - Anequim (Paulo de Moura) - 26 pp

RGS-C - após 11 regatas e dois descartes
1º - Ariel (Luis Pimenta) - 13 pp
2º - Rainha (Leonardo Pacheco) - 14 pp
3º - Conquest (Marco Hidelgo) - 32 pp

RGS-Cruiser - após 11 regatas e dois descartes
1º - Hélios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) - 9 pp
2º - Cocoon (Marcelo Cagiano) - 21 pp
3º - Pirajá (Rubens Bueno) - 25 pp

A última etapa do evento será disputada entre 24 e 25 de novembro e 1 e 2 de dezembro. A tradicional Regata Volta a Ilhabela/Sir Peter Blake será uma das atrações. A Copa Suzuki Jimny teve duas etapas no primeiro semestre : a primeira, em março, e a segunda, o Warm Up, em junho.